Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Metaverso: Saiba o que é e se prepare para o futuro!

Empresas de tecnologia de realidade virtual acreditam na expansão do metaverso já há um bom tempo.

ado a atenção desde que o Facebook anunciou em 2021 a pretensão de se tornar uma "empresa de metaverso" nos próximos 5 anos. Mas o que é o metaverso e o quanto ele está distante do cotidiano popular?
Luli Radfahrer, professor do curso de publicidade e propaganda da USP, explica que a ideia não é nova. O termo surgiu na década de 1980, no livro 'Snow Crash' - afirmou. A ideia consiste na promoção de uma experiência de imersão em uma espécie de realidade paralela, que pode ser ficcional. Tecnicamente o metaverso não é real, mas pretende transmitir a sensação de realidade e, para isso, conta com a estrutura do mundo real.
Muitos metaversos surgiram com os videogames. Conforme explica o professor, a tecnologia precisa de uma aplicação essencial para dar certo, como o jogo é para o metaverso, visto que se beneficia da imersão em outro mundo e da interação com as pessoas.
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Foto: Pexels
O grau de "metaverso" depende do grau da experiência imersiva proporcionada e de realismo. A tecnologia ainda é um fator limitante para essa capacidade, pois exige uma grande capacidade para o processamento e conexões rápidas de internet.
De acordo com Radfahrer, o "metaverso já existe há muito tempo, funciona bem em games, e para aí, porque as pessoas não veem necessidade. Se vissem, já tinha ganhado espaço”.
As gigantes da tecnologia, como o Facebook e a Microsoft, entretanto, discordam do professor, como se pode notar pelos investimentos em realidade virtual e nos próprios metaversos. Elas apostam na possibilidade de baratear os aparelhos de realidade virtual para ampliar o público, bem como no avanço dos gráficos que eles geram para aumentar o nível de realismo. Isso atrairia mais pessoas para a imersão em realidade paralelas.
Empresas de tecnologia de realidade virtual acreditam na expansão do metaverso já há um bom tempo. A Nexus VR, por exemplo, trabalhou com o conceito em um projeto em 2014, mas não conseguiu avançar na execução pela falta de financiamento de fundos norte-americanos.
“Eles tinham a leitura de que o mercado não estava pronto porque os equipamentos eram recentes e caros”, explica Felipe Coimbra, diretor de tecnologia da empresa. De acordo com ele, a grande mudança sugerida pelo Facebook  é a de transformar o metaverso em um serviço. Dessa forma, pode servir às áreas de educação e e-commerce, por exemplo.
Coimbra acredita que se o Facebook alcançar o objetivo de ser uma empresa de metaverso, a ideia se tornará popular e promoverá uma disputa entre as empresas para conquistar esse novo nicho. No Brasil, a popularização demoraria, no máximo, dois anos a mais do que nos Estados Unidos.
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Foto: Pexels
Em um primeiro momento, as tecnologias novas de realidade virtual estarão restritas às empresas, capazes de financiar os projetos e usá-las para eventos, treinamentos e trabalho remoto, por exemplo. Com o barateamento dos custos, estará disponível para o público, em um segundo momento. 
Segundo Coimbra, o preço alto dos dispositivos de realidade virtual é o maior empecilho para a conquista de um público maior no Brasil, assim como já ocorreu com o smartphone e sua gradativa acessibilidade. Ainda assim, o diretor crê que o setor esteja pronto para desenvolver esse ecossistema no Brasil.
Ohmar Tacla, presidente da VRGlass, empresa também brasileira, pondera sobre outras dificuldades. “Ainda hoje não estamos em um nível muito avançado, o equipamento [óculos de realidade virtual] tem o mesmo nível de processamento de um celular, então, o gráfico não é muito realista”, explica.  “Para chegar realmente em um metaverso, sem choque com a realidade, precisa do 5G, que dá mais processamento, que ocorre fora do computador, em um servidor remoto, o que facilita, torna os gráficos mais realistas” - acrescenta.
 Além das pretensões por um novo mercado, o interesse pelo metaverso tem sido crescente em decorrência da pandemia, que impulsionou o desenvolvimento tecnológico recente. Com a necessidade de isolamento social, a ideia de conseguir interagir com amigos, fazer reuniões e compras e ir em eventos sem correr o risco da contaminação ampliou a demanda por digitalização. As companhias passaram a buscar formas de realizar eventos empresariais mantendo certa aproximação com a realidade, e evitando o cansaço promovido pelas telas de videochamadas.
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