Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Michelle Obama revela qual é a chave para a felicidade

Na gravação ao vivo do podcast IMO, com seu irmão, a ex-primeira-dama dos EUA conversou com a Dra. Laurie Santos sobre ter esperança em tempos de incerteza e solidão.

Michelle Obama

Michelle Obama participou da gravação ao vivo do podcast IMO no último dia de Conference do SxSw 2025 (Crédito: Marcus Ingram/Getty Images)

Assim como em sua primeira aparição no South by Southwest (SXSW), em 2016, Michelle Obama levou uma multidão de pessoas ao Ballroom D, principal auditório do festival, nesta quinta-feira, 13, último dia da Conference. Foi a sessão que atraiu o maior público do festival: milhares de pessoas se alinharam uma extensa fila que saiu do Austin Convention Center para ver o que a ex-primeira-dama dos Estados Unidos tinha para falar.

Para a gravação ao vivo de um episódio do recém-lançado podcast IMO – do inglês “in my opinion”, ou “na minha opinião” –, apresentado por Michelle e seu irmão Craig Robinson, ambos conversaram com a professora de psicologia da Universidade de Yale e apresentadora do The Happiness Lab, Dra. Laurie Santos, sobre como ter esperança e menos ansiedade, principalmente entre os jovens, em um mundo dominado por incertezas, solidão, crises políticas, sociais e climáticas.

Laurie começou o papo enfatizando que ter emoções negativas é normal em um mundo anormal. Ela frisou que normalizar essas emoções é importante. “Quando você se dá um pouco de graça por sentir essas emoções negativas, reconhecendo que elas são normais em tempos ruins, isso realmente ajuda a passar por elas”, compartilhou.

Ao ressaltar que também passa por momentos difíceis, como o falecimento recente de sua mãe, Michelle enfatizou a importância de pedir ajuda. “Precisamos sair da nossa solidão e começar a falar uns com os outros”, disse.

Inclusive, de acordo com a ex-primeira-dama, um dos principais objetivos do podcast com seu irmão é justamente incentivar as pessoas a procurarem suas próprias comunidades de confiança e conversa para que não fiquem sozinhos nesses sentimentos. “Essa é a minha esperança”.

Jovens sob pressão

Ao notar que parece que os jovens atualmente seguem buscando a felicidade incessantemente, sem sucesso, Michelle questionou a professora sobre o que aconteceu com o padrão de felicidade deles. “As pessoas, os jovens, estão mais infelizes do que acho que jamais fomos, com muito menos”, pontuou.

“No passado, a vida era tão simples, escolhíamos presentes de Natal em um catálogo da Sears, e os pais ficavam felizes se tínhamos boas notas. Mas os jovens de hoje têm que entrar em quatro faculdades, ter os carros mais caros, e ficar famosos nas redes sociais. É demais.”

Com taxas de depressão e ansiedade nos jovens, hoje, entre as piores já registradas, Laurie concordou com Michelle ao ressaltar que as faixas etárias mais novas tendem a buscar felicidade em ilusão do que veem nas redes sociais.

“Ferramentas que nos permitem ver casas elegantes, férias luxuosas, escolas chiques, estão bem nos nossos bolsos, tocando o tempo todo, nos dando uma comparação que nos faz nos sentirmos mal”, disse a professora. “E o que sabemos da ciência da felicidade é que não é o que temos objetivamente que nos faz felizes, são as nossas expectativas”, complementou. Logo, segundo Laurie, compreender e aceitar quais são essas expectativas pode ajudar.

Neste sentido, Michelle fez um pedido aos jovens para que parassem de medir sua felicidade pelo dinheiro, fama ou bens materiais. “Descobrir qual é o seu propósito, quem você está ajudando e por quê, é mais importante do que quanto dinheiro você tem na sua conta bancária”, aconselhou.

A ex-primeira-dama também aproveitou este momento para alfinetar os bilionários. “Conheço muitos desses bilionários, e nem todos eles, como podemos ver, parecem felizes. No final das contas, se esse for o seu único objetivo, ter mais do que você precisa, nunca se satisfazer, haverá um buraco no seu coração”, comentou.

A busca incessante por felicidade em bens materiais e sucesso não significa ser humano, na visão de Michelle. “De verdade, o que significa ser humano não é se conseguimos chegar ao espaço ou quanto dinheiro temos na nossa conta bancária. O que realmente importa é como tratamos uns aos outros, como fazemos os outros se sentirem”.

Ao longo da conversa, Laurie também abordou como as emoções são contagiosas, especialmente as negativas nas redes sociais. Neste sentido, Michelle afirmou que nem ela e nem seu marido, o ex-presidente Barack Obama, leem os comentários nas redes sociais.

Apesar de saber que essa atitude é extremamente difícil para a nova geração, ela fez outro pedido: “Larguem o celular e não deixem essa energia negativa entrar no seu espaço”, disse. “Eu e Barack nunca deixamos, mesmo com toda a carga negativa que era dirigida para nós”, reforçou.

Para ajudar os jovens nisso, Laurie apresentou uma estratégia chamada “WWW”, ou seja, fazer as seguintes perguntas antes de pegar no celular: “What’s for? Why now? What else?” (Para quê? Por quê agora? E o que mais?, em português). “Essas são boas ferramentas, mas precisamos usá-las de um jeito saudável”, complementou.

A ex-primeira-dama ainda incentivou as pessoas a votarem e exercerem seus pequenos poderes em prol da mudança. “O pequeno poder que cada um de nós tem para fazer algo certo, bem na nossa frente, se todos fizermos isso, supera qualquer coisa que algum grande líder possa fazer”, destacou. “Se todos tiverem a coragem de criar os filhos com alguma verdade e honestidade, imagine o efeito que isso vai ter sobre o país. Essa é a beleza dos pequenos poderes. Entrar em desespero não é a resposta. Use o seu poder”.

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