9 de fevereiro de 2011 | 10h38
Sílvio Guedes Crespo
Participantes do Miss Bikini of the Universe, na China, em 2005 (foto: Reuters/China Newsphoto)
Dois dos mais importantes veículos de comunicação britânicos encontraram na imagem estereotipada da mulher brasileira um exemplo da invasão de produtos chineses: até os biquínis da China estão tomando as praias brasileiras.
A rádio BBC começou, e o jornal “Financial Times” reforçou uma paródia – ou alegoria – em cima do que o ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega, chamou de “guerra cambial internacional”.
“Assim, movemo-nos da guerra cambial para a guerra de biquínis”, diz o jornalista James Mackintosh, do “Financial Times”, antes de arrumar a gravata.
Para a BBC, um dos produtos mais “emblemáticos” do Brasil mostra como a moeda chinesa desvalorizada afeta a indústria brasileira.
A rádio britânica conta a história de uma pequena fabricante de biquínis brasileira que foi surpreendida nos últimos anos pela chegada do produto chinês. “Meus grandes concorrentes costumavam ser outras empresas brasileiras; agora, são as chinesas”, disse a dona do negócio à BBC.
Moeda fraca
A reportagem do “Financial Times” saiu um dia após a visita do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Tim Geithner, ao Brasil. Geithner veio tentar convencer o governo a pressionar a China a elevar a moeda local, o remminbi.
Para o “Financial Times”, tanto o Brasil como a China deveriam ter interesse na valorização do renminbi. O Brasil, por motivos óbvios: o real forte dificulta a competição com os produtos chineses.
Para a China, a razão é que está entrando muito dinheiro no país asiático, de modo que o banco central local precisa comprar muita moeda estrangeira para manter o renminbi desvalorizado. Um exemplo: as reservas subiram de US$ 199 bilhões para US$ 2,8 trilhões no último trimestre do ano passado, observa o “FT”.
Outro efeito colateral que a China sofre por causa de sua moeda fraca é a inflação. Ontem (terça, 8), o país teve que elevar sua taxa de juros pela terceira vez desde outubro, como registrou o “Estadão”.
Não custa deixar claro que o biquíni é apenas um símbolo da disputa comercial entre Brasil e China. Uma pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), divulgada na semana passada, mostrou que a concorrência com os chineses faz 67% dos exportadores brasileiros perderem clientes.
FONTE: http://www.estadao.com.br
Comentar
ehhhh....
O último que sair apaga a luz!!!
A Europa já saiu! A indústria têxtil local em sua maioria está falida detendo em poucos casos apenas a tecnologia adquirida no aureos tempos e que já está na mira de empresas chinesas....
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