Fonte:|clicrbs.com.br|
O que é estar na moda? Bom, para muitos é questão de personalidade, mas para estilistas e empresários significa negócios. Tecidos errados, acabamentos mal feitos a até mesmo acessórios inadequados numa coleção podem acabar com o trabalho de uma marca. Ser "fashion", mesmo que a confecção seja modesta, é estar atento ao mercado.
Para ter sucesso no setor é preciso encará-lo com profissionalismo. Da pequena à grande empresa cabe a tarefa de pesquisar e identificar no cliente o que é mais adequado dentro do seu público alvo. Não importa se o produto for um vestido de festa, uma calça jeans ou um camiseta de algodão. Tudo deve ser pensado uma, duas ou três vezes. Ao final do processo, é um cliente que se ganha.
Na 39 edição do Encontro de Moda, em São Paulo, 130 marcas de oito estados (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Ceará, Paraná e Rio Grande do Sul) apresentaram a lojistas o que estará nas prateleiras na temporada primavera/verão.
O que se viu não foi um festival de grifes, como as participantes do Fashion Rio ou da São Paulo Fashion Week, eventos já consagrados na indústria da moda. Quem passou pelo Expo Center Norte conferiu o que é moda para marcas pouco conhecidas nos grandes centros.
Da empresa com artigos tradicionais do Ceará à grife mineira, nada escapou dos olhos atentos de compradores de todo o país. E o que eles estavam procurando? Qualidade. Segundo Carlos Vaintraub, organizador do Encontro de Moda, a feira credencia os expositores para o mercado mais competitivo, já que para garantir um estande é preciso provar que a marca atende às exigências do setor.
Nos estandes, não há lugar para amadorismo, afinal as peças são reviradas de todas as maneiras à procura dos detalhes de acabamento e modelagem. E para que o trabalho seja satisfatório tudo passa pela assessoria de parceiros como Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Profissionais atentos ao mercado dão dicas fundamentais, que vão desde à estrutura da empresa, público-alvo e tendências de moda. O trabalho é árduo, mas ao final de mais uma coleção o resultado se traduz em vendas.
Na última edição do Encontro de Moda, cerca de R$ 15 milhões em negócios foram firmados na feira. Os números de 2010 ainda não foram fechados, mas estima-se um resultado ainda melhor, já que na edição passada São Paulo registrou inúmeros problemas causados por inundações, o que teria prejudicado o evento.
Para janeiro, quando ocorrerá a nova edição da feira, o Encontro de Moda promete focar no jeans, além de apresentar aos lojistas novas marcas e etiquetas selecionadas.
Tendências
Nas araras e prateleiras das marcas participantes do Encontro de Moda, o que se viu foram saias e bermudas de cintura alta, macacões de malha com detalhes em metal, a volta da renda dentro de um visual mais gótico e roupas com o aspecto "detonado".
Algumas marcas preferiram apostar em trajes mais estruturados, trazendo vestidos com várias camadas de tecidos. Casaquinhos e boleros româmticos também foram vistos, além da volta do body, hit da década de 90.
As estampas florais vieram para ficar, e as grifes apostaram nesta tendência. Elas aparecem em vestidos, principalmente os longos, e nas blusas. Para arrematar o look, são aplicados bordados e detalhes em crochê.
As roupas étnicas ganharam uma nova cara, agora com estampas de cobras com variações de cores (até o azul ganha espaço). Os looks também apresentam referências muitos bolsos utilitários, inclusive em saias.
Outra referência encontrada nos estandes do Encontro de Moda é a roupa com estampa de folhagens e bichos, imprindo imagens tropicais ao visual. Segundo Marcelo Pedrozo, do Senac, esta deve ser a tendência mais difundida na temporada primavera/verão.
* Elisa Klabunde viajou a convite do Encontro de Moda
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