Morte de Bin Laden arrasa petróleo. E agora?

[J. J. Torres]

Cotações de petróleo estão a descer mais de 2% no mercado de Nova Iorque e também no mercado de Londres, mas é apenas «reacção psicológica momentânea»

 

A semana começa atribulada no mercado petrolífero. Depois de ter registado subidas acentuadas no mês de Abril, o petróleo estreia o mês de Maio em queda. À hora de abertura dos mercados, o barril de petróleo, em Nova Iorque e em Londres, descia mais de um por cento, depois de se conhecer a notícia da morte do líder terrorista da rede Al Qaida, Osama Bin Laden.

No entanto, conforme disse um analista de energia à Agência Financeira, a morte do número um da Al Qaida «não terá um impacto significativo nos preços do petróleo a longo prazo e, portanto, isto não deverá passar de uma reacção imediata, ou seja, um impacto psicológico».

«Penso que neste momento o mercado vai continuar mais atento aos conflitos na Líbia e no Iémen. O que quero dizer é que, se atingissem Khadafi o impacto seria muito maior que a morte de Bin Laden», acrescentou o analista de energia.

«Neste momento há uma reacção psicológica momentânea, mas a tendência de queda não deverá manter-se nos próximos tempos, e o barril não deverá chegar a negociar, em média, abaixo dos 115 dólares».

É certo que neste dia em questão, «a eliminação de alguém como Bin Lan pode levar à queda do petróleo, porque pode aliviar os receios de contágio no Médio Oriente». Os preços não deverão baixar muito «a menos que isso significasse uma acalmia na região, o que não é provável».

Neste momento, os preços do petróleo já acentuaram a queda da abertura. Em Nova Iorque, o WTI, o crude de referência está a descer 2,12% para 111,51 dólares. Já em Londres, o barril de Brent desce 2,4%, para cotar nos 122,87 dólares.

 

 

FONTE: Agência Financeira