Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Os novos profissionais multitarefa têm várias carreiras ou especialidades e empregam seu tempo de trabalho em cargos compatíveis e independentes, funcionando com especialistas fixos em tempo real

Os multiprofissionais prestam serviços especializados para várias organizações ao mesmo tempo, em uma ou várias áreas de experiência e é uma tendência de trabalho nesses últimos anos no mundo ocidental, segundo Jorge Cagigas, especialista em recursos estratégicos e diretor da consultora Epicteles.

“Essas relações e prestações de serviços podem se realizar com caráter laboral com tempo parcial, ou por tempo determinado; ou também como uma relação mercantil ou autônoma”, explica ao EFE, Cagigas, que também é licenciado em direito e presidente da fundação Fundipe.

Segundo Cagigas, “aqueles chamados multiempregados não devem ser confundidos com os tradicionais pluriempregados, que combinam diferentes atividades não relacionadas e que, em geral, estendem seu horário além da sua jornada de trabalho habitual ou em dias de descanso”.

“O multiprofissional é um trabalhador qualificado e independente que, sob contrato de maneira habitual não laboral – presta serviços e colabora com diferentes atividades para diversas organizações – de maneira individual ou coletiva. Seus cargos também exigem uma relação baseada em um código de ética estrito, claro e transparente, em conformidade com o compromisso entre as partes”, acrescenta.

Segundo Cagigas, em geral, os multi são profissionais de alta qualificação que limitam ou restringem suas colaborações. “Sua intenção é não se sobrecarregar com jornadas contínuas em diferentes empresas, mas sim encontrar um equilíbrio entre os serviços de alta especialização que prestam  e os honorários”, disse o especialista.

Vantagens de ser um “multi”

“Essa modalidade é vantajosa para as organizações, que precisam cada vez mais ser competitivas e produtivas, que têm se transformado. em lugares onde as pessoas ofereciam seus serviços com um contrato quase permanente e estável, para serem mais dinâmicos, aproveitando ou utilizando esses recursos e serviços exclusivamente quando precisam”, aponta Cagigas.

Trata-se de utilizar 100% da qualificação de um profissional durante um tempo concreto, somente para o que a organização precise, em vez de ter 100% uma pessoa útil para os trabalhos em um curto período de tempo com uma curta porcentagem do tempo, que era a base do modelo anterior, explica Cagigas ao EFE.

A opção ‘multi’ não somente interessa as empresas, mas também os profissionais, “porque a concentração da população e os problemas de deslocamento nas grandes cidades tornam preferíveis trabalhos com baixo investimento de uso, com prestações de serviços nos quais o tempo de deslocamento são mínimos ou inexistente, também se trabalha online. A ideia é reduzir os tempos mortos ou improdutivos ao mínimo”, explica.

Para aqueles que queiram se tornar um multiprofissional, Cagigas aconselha ao profissional que “os serviços e as competências que possuam tenham características positivas que o diferenciem da oferta de trabalho habitual e que exista uma demanda real do tipo de serviços que ofertem”.

Segundo o diretor da Epicteles, um aspirante a multiprofissional também deve investir no desenvolvimento e formação em áreas nas quais queira trabalhar, para conseguir um alto grau de excelência e experiência.

“O contínuo interesse pela aprendizagem e inquietude pelas novas tendências, a participação ativa nos centros de conhecimento, a pesquisa e o desenvolvimento de novas experiências e o cultivo da especialização são fundamentais para se transformar em um multiprofissional”, de acordo com Cagigas.

Outro aspecto que não devem desprezar, segundo o especialista em recursos humanos, é que a mudança de mentalidade que o profissional tem que realizar para ser capaz de se adaptar às novas situações com maior flexibilidade, já que terá que oferecer seus serviços e negócios para diferentes empresas.

A importância de um bom portfólio

“Quem quiser se transformar em um multiprofissional também deve ter uma clareza média sobre o dosier – portfólio – dos produtos e serviços que oferte, para que seu possível comprador se dirija a ele com rapidez, sabendo que a proposta de valor oferecida encaixa com as necessidades do cliente, sugere o especialista.

Segundo Cagigas, o portfólio de carreiras é um conjunto de áreas do conhecimento que um profissional possui e que servem para poder aportar valor a diferentes organizações em diferentes âmbitos de conhecimento e experiência. “Essas áreas não têm motivo para serem similares, podem ser bem diferentes”, enfatiza.

“O fundamental não é que as atividades sejam similares ou afins entre sim. É mais importante que tenham sido escolhidas pelo profissional com interesse e compromisso, que tenha vontade de desenvolvê-las, e como grande motivação, já que o mais transcendental para o sucesso costuma ser o entusiasmo, a dedicação e o esforço que a pessoa é capaz de desenvolver”, destaca.

“Qualquer profissional e atividade poderia se incorporar ao multiemprego, embora existam áreas nas organizações que estão mais familiarizadas com essa modalidade, como o marketing e publicidade, finanças e auditoria, qualidade, distribuição e logística ou compras, enquanto que outras experimentam um rápido crescimento, como produção, recursos humanos e pesquisa e desenvolvimento”, segundo Cagigas.

Para esse consultor, o multiemprego está crescendo, porque a crise econômica e a perda da estabilidade no emprego têm provocado uma mudança na mentalidade das organizações e dos profissionais, “embora nesse processo também influam a mudança na forma de se relacionar, o aumento do setor de serviços, a nova concepção de talento, o acréscimo de valor e o avanço dos modelos baseados no mérito”.

“Na América, e mais especificamente nos Estados Unidos e Canadá, a mobilidade funcional está mais consolidada, com isso, os profissionais podem ter mais chances de conseguir um multiemprego. A porcentagem de profissionais nesse modelo é muito superior do que na Europa, embora no futuro próximo diminuirá significantemente essa diferença”, vaticina para finalizar.

http://americaeconomiabrasil.com.br/content/multiprofissional-o-emp...

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