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'Não era uma parada fácil', diz Skaf após perder vaga no 2º turno

Candidato do MDB ficou em terceiro lugar e perdeu a possibilidade de disputar o segundo turno para Márcio França (PSB), que concorrerá com João Doria (PSDB).

Paulo Skaf, candidato derrotado do MDB ao governo do estado de São Paulo — Foto: Vivian Reis/G1

Paulo Skaf, candidato derrotado do MDB ao governo do estado de São Paulo — Foto: Vivian Reis/G1

O candidato derrotado do MDB ao governo do estado de São Paulo, Paulo Skaf, reconheceu neste domingo (7) que "não era uma parada fácil" a disputa pelo cargo. Skaf ficou em terceiro lugar e perdeu a vaga no segundo turno. No próximo dia 28, João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB) disputarão quem será o futuro governador do estado.

"Sei que não era uma parada fácil você enfrentar candidato que está no posto de governador, o outro que tem estrutura na prefeitura, 14 partidos de coligação, muito mais tempo de rádio e televisão, mil candidatos, quando a gente tinha cem. Mas eu queria dessa forma mesmo. Para dar certo dessa forma, valeria a pena, pois eu poderia fazer uma coisa diferente, como eu gostaria de fazer", disse no comitê de campanha após a contagem dos votos.

A apuração das urnas no estado revelou uma disputa acirrada até o último minuto entre Skaf, que se manteve em segundo lugar nas pesquisas durante toda a campanha, e França, que apresentou crescimento vertiginoso.

O resultado ficou matematicamente confirmado perto das 21h43 horas, informou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com 99, 96% das urnas apuradas, o tucano obteve 6.428.890 votos (31,77%) no primeiro turno e o pesebista, 4.357.428 votos (21,53%) no primeiro turno. Paulo Skaf (MDB) ficou em terceiro lugar com 4.268.420 (21,09%) votos.

Após confirmação de que ficaria fora do segundo turno, Skaf fez um breve pronunciamento no comitê de campanha, no bairro do Morumbi, Zona Sul de São Paulo.

"Hoje não temos muito o que conversar. Eu não tenho muito o que dizer para vocês além de um muito obrigado a essas milhões de pessoas que depositaram voto em mim, às milhares que trabalharam voluntariamente, à equipe maravilhosa que também fez a nossa campanha", disse Skaf aos jornalistas.

"A gente tem que acreditar no destino, e acreditar que é assim, e está muito bom, e tem razão de ser assim. O principal agora é que tudo dê certo ao Brasil e a São Paulo", continuou.

Nesta manhã, o candidato do MDB foi um dos primeiros eleitores a votar em sua sessão, no Colégio Britânico Saint Paul, nos Jardins. Ele estava confiante de que iria para o segundo turno e satisfeito com sua campanha. 

“Foi uma campanha muito bonita, fizemos uma campanha de alto nível, só tenho a agradecer a milhões de pessoas que, com muita dedicação, lutaram este tempo todo", afirmou.

Apoio no segundo turno

Questionado se já sabe quem apoiará no segundo turno, Skaf desconversou. "Eu liguei para o Marcio França para parabenizá-lo. Hoje é dia só de falar obrigado e parabéns", disse. 

"Eu acho que amanhã, com a cabeça fria, a poeira assentando, a gente pensa com calma nas coisas. Talvez amanhã eu dedique para uma reflexão desse cenário todo e a gente define o que vai fazer", concluiu, acrescentando que voltas às suas atividadea na presidência da Fiesp, Ciesp, Sesi, Senai e Sebrae nos pŕoximos dias.

Campanha

A campanha eleitoral em São Paulo não passou por grandes sobressaltos e os dois primeiros colocados nas pesquisas eleitorais se mantiveram os mesmos antes da eleição: Doria quase sempre à frente de Skaf, mas praticamente empatados, ambos oscilando na casa dos 20%.

O terceiro lugar, em compensação, cresceu significativamente nas pesquisas: Márcio França foi de 4% a 16% no Datafolha.

A eleição estadual foi pautada pela disputa presidencial, que influenciou significativamente os debates e entrevistas entre os postulantes ao Palácio do Planalto. Enquanto uns se mostravam contrários ao PT, outros usavam seu tempo de TV para convocar para atos contra Jair Bolsonaro (PSL).

A segurança pública capitaneou os temas mais falados pelos candidatos, que chegaram a prometer mais batalhões da PM ou incentivo à polícia científica sem sequer incluir as propostas nos planos de governo. Como o G1 mostrou, nenhum dos 6 candidatos mais bem colocados nas pesquisas apresentaram propostas para combater a facção PCC, que domina os presídios no estado.

Os candidatos tentaram atrair os votos das mulheres e propuseram aumentar o número de delegacias da mulher, bem como ampliar seus horários de funcionamento.

A campanha também foi marcada por um ataque a tiros sofrido pelo candidato Major Costa e Silva (DC) e pelo indeferimento de duas candidaturas do PCO ao governo do estado.

Perfil

Paulo Skaf nasceu na capital paulista em 7 de agosto de 1955, filho de uma família de imigrantes. Ele é casado, tem cinco filhos e cinco netos.

Por mais de 20 anos, dedicou-se à atividade têxtil. Primeiro, como empresário, com fábricas na capital e no interior de São Paulo. Depois, como líder do setor, ao assumir a presidência da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), que ocupou por dois mandatos.

Em 2004 foi eleito presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e reeleito nas três eleições seguintes.

Ele também assumiu o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), do Serviço Social da Indústria (Sesi-SP), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-SP), do Instituto Roberto Simonsen (IRS) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/SP).

Ele se licenciou do comando de todas as entidades que preside para participar da campanha eleitoral.

Skaf concorreu pela primeira vez ao governo do estado de São Paulo em 2010 e depois em 2014.

O candidato do MDB disse que não convidará o presidente Michel Temer, principal nome do seu partido, para compor o seu governo caso vença as eleições. O emedebista tem sido alvo de ataques políticos durante a campanha pelos seus adversários por não vincular o nome de Temer durante a campanha devido à baixa popularidade do presidente.

Seu nome é citado nas delações da Odebrecht. A Polícia Federal enviou um relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF) no qual afirma ter encontrado indícios de que o presidente Michel Temer recebeu vantagem indevida da construtora e do total de R$ 10 milhões prometidos por Marcelo Odebrecht R$ 6 milhões iriam para a campanha do Skaf em 2014. Ele negou ter recebido o montante ou ter autorizado alguém a receber em seu nome.

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/eleicoes/2018/noticia/2018/10/08/...

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