Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Na Inglaterra, abre-se empresa em 40 minutos. No Brasil, cerca de 90 dias

Uma série de fatores determinam o sucesso ou o fracasso dos novos empreendimentos no Brasil e no mundo. De um lado da balança estão os aspectos que podem contribuir para a vitória dos empreendedores como a boa gestão de recursos financeiros, a inovação, o capital humano e a experiência no mercado. No outro lado, estão os pesos que puxam as micro e pequenas empresas (MPEs) para baixo como o excesso de burocracia, a alta carga tributária e as leis trabalhistas anacrônicas. Em comparação com os países do Brics, o empreendedorismo das MPEs chinesas supera o das brasileiras. O Brasil ocupa a 61ª posição no ranking dos melhores países para fazer negócios, realizado pela Bloomberg. Ficamos atrás da China (24º), Índia (54º) e Rússia (56º).

O presidente do Conselho Empresarial de Jovens Empreendedores da ACRJ e especialista do Instituto Millenium, Paulo Gontijo, destaca a composição de custos que oneram a produção como o pagamento de aluguel e encargos como uma das ameaças as metas do pequeno e médio empreendedor.

Falta uma mudança cultural onde se valorize o sucesso e se entenda o fracassar e recomeçar como uma parte natural do processo de aprendizagem

Em depoimento publicado no portal de pequenas e médias empresas do “Estadão”, o executivo Renato Steinberg, da Fashion.me, diz que levou 3 meses para abrir a filial brasileira. Para se ter uma noção de como estamos atrasados em relação a outros países, Steinberg cita o caso da Inglaterra, onde a instalação das empresas é feita pela internet, em 40 minutos e ao custo de 40 libras. Ele lembra que nos países desenvolvidos os acordos de contratação são feitos diretamente com os funcionários, sem restrições como a CLT. O empresário também ressalta as dificuldades com contratos de aluguel do escritório, o controle da contabilidade e até no registro de marcas.

Há um consenso de que empreender no Brasil exige muita coragem e determinação. Gontijo ressalta as preocupações com empregados, manutenção do escritório, impostos e, além de tudo isso, é preciso vender seu produto ou serviço. Sem dúvida nenhuma exige persistência e vontade de correr riscos.

Pesquisas mostram que, apesar do ambiente hostil aos negócios, as empresas tem alcançado êxito. De cada 10 novas empresas 7 ultrapassam a barreira dos 2 anos no Brasil, segundo uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A taxa nacional de sobrevivência das empresas é de 73%. A região Sudeste tem o maior índice de sobrevivência empresarial, 76,4%.

Gontijo acredita que o Brasil precisa desenvolver uma cultura empreendedora. Para ele, os avanços pontuais não são suficientes para alavancar o setor. “Falta uma mudança cultural onde se valorize o sucesso e se entenda o fracassar e recomeçar como uma parte natural do processo de aprendizagem. Além disso, é fundamental que existam menos barreiras de entrada. Ou seja, menos procedimentos para abrir uma empresa, menos impostos sobre o faturamento, mais crédito para as pequenas empresas ao invés de financiamentos para as grandes”, conclui.

Fonte:http://www.imil.org.br/categoria/blog/

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