A companhia vai abrir o capital na bolsa de Nova York e pretende levantar até US$ 100 milhões com o IPO, o que é importantíssimo
A Netshoes é uma das startups brasileiras mais icônicas de todos os tempos. Fundada no ano 2000, a empresa cresceu bastante nos últimos anos, obteve a maior captação já feita por uma startup nacional (US$ 170 milhões em 2014) e agora vai fazer algo muito importante: abrir o capital na bolsa.
A companhia vai abrir o capital na bolsa de Nova York e pretende levantar até US$ 100 milhões com o IPO. Não se sabe o valuation ainda, mas espera-se que o valor supere o US$ 1 bilhão – criando uma unicórnio 100% brasileira – dado o volume das operações da Netshoes.
A companhia é dona de dois grandes sites, Netshoes e Zattini (focado para beleza e moda), e tem operações fora do Brasil em alguns países da América Latina. Embora o grande foco da Netshoes seja sapato, é possível encontrar até jogos de videogame por lá. A companhia 12,8 milhões de clientes registrados, dos quais 5,6 milhões são ativos.
O documento enviado à SEC (Securities and Exchange Comission) detalha as operações financeiras da empresa, que vê receitas crescentes, mas lucro na casa de centena de milhões de reais e geração operacional de caixa, medida pelo indicador Ebitda (Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização), negativa – com exceção no Brasil.
As receitas cresceram 34% de 2014 para 2015, atingindo R$ 1,5 bilhão. Depois, cresceram mais 16% em 2016, para R$ 1,74 bilhão. Já o prejuízo caiu de R$ 144,4 milhões para R$ 99,5 milhões e cresceu para R$ 151,9 milhões – variação de 5% entre 2014 e 2016. Já o Ebitda negativo caiu de R$ 100 milhões para R$ 43,9 milhões entre 2014 e 2016.
A companhia tem um prejuízo acumulado de R$ 677 milhões ao longo dos últimos anos – quantidade de dinheiro que teve de ser aportada para a empresa continuar a estratégia agressiva de aquisição de clientes que ela tem tido nos últimos anos.
Os bancos coordenadores da oferta serão Goldman Sachs, J.P. Morgan, Bradesco BBI, Allen & Company LLC e Jefferies. É ESSENCIAL para o fortalecimento do ecossistema nacional que mais aberturas de capital ocorram, abrindo espaço para que os investidores e empreendedores tenham capital para investir em novas startups.
Isso é o que acontece no Vale do Silício, onde existe um “ciclo” que retroalimenta as startups com capital para que elas cresçam. Esse tipo de transformação é necessária para que o ecossistema nacional cresça.
QUEREMOS que o Brasil aprenda com os bons exemplos do Vale e cresça o ecossistema. Para conhecer isso, temos duas iniciativas. O primeiro é o Silicon Valley Conference, um evento que promete transformar São Paulo no Vale por um dia e o Silicon Valley Learning Experience, uma visita aos principais locais do Vale para falar com alguns dos grandes nomes da região.
Felipe Moreno é editor-chefe do StartSe e fundador da startup Middi, era editor no InfoMoney antes
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