O ano de 2024 foi marcado por resultados positivos e avanços para a indústria e o desenvolvimento do país. O PIB do setor industrial cresceu 3,3%, quarto melhor resultado em 15 anos, com destaque para a indústria de transformação, que cresceu 3,8%, a maior elevação desde 2010 – juntamente com 2021, ano influenciado pela recuperação da pandemia. Isso impulsionou a alta no PIB brasileiro, que fechou em 3,4% em 2024, muito próximo à estimativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
As melhores condições alcançadas não são por acaso. Em janeiro do ano passado, o Brasil deu um importante passo para fortalecer sua capacidade produtiva com o lançamento do Nova Indústria Brasil (NIB), uma política moderna, viável, estruturada em um conjunto de programas e medidas que buscam solucionar os desafios da indústria brasileira.
Mesmo em uma escala muito menor que a de países líderes da nova economia global, a iniciativa, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), foi recebida com expectativa pelos industriais brasileiros.
O primeiro ano da nova política industrial foi marcado pela expansão do crédito. Por meio do Plano Mais Produção, foram destinados R$ 181 bilhões em apoio à produtividade, exportação, inovação e sustentabilidade. Os recursos do BNDES, somados ao crédito disponibilizado por outros agentes financeiros públicos, passaram de R$ 300 bilhões para R$ 507 bilhões até dezembro.
A sinergia com programas como o Plano de Transformação Ecológica e o novo PAC também trazem expectativas para o setor. Foram anunciados R$ 2,2 trilhões em investimentos privados até 2029, que poderão alavancar o crescimento do produto industrial. Iniciativas como o programa Mobilidade Verde e Inovação, com foco na descarbonização da frota automotiva, contribuem para uma indústria mais verde e de baixo carbono.
Outra frente foca na produtividade das micro e pequenas empresas. Para reverter a queda acumulada e integrar essa base industrial à nova economia digital, o Brasil Mais Produtivo estabeleceu como meta alcançar 200 mil empresas.
Os primeiros resultados são animadores: o SENAI superou em 20% a meta de atendimentos em 2024, com aumento médio de produtividade de 27% e economia de energia de 14% nas empresas participantes.
Ao completar o primeiro ano, fica claro que o NIB depende da capacidade de transcender ciclos políticos, tornando-se um compromisso de Estado e garantindo bases sólidas para um desenvolvimento industrial sustentável e duradouro.
O avanço nas novas fases do programa dependerá do aperfeiçoamento do diálogo entre governo, os poderes e setores da economia, em um pacto nacional que promova uma visão compartilhada de futuro para a indústria nacional e o país, que nos leve para o caminho do desenvolvimento sustentado, com mais riqueza, emprego e renda.
A valorização da indústria é a chave para que o Brasil consiga competir de forma isonômica com outros países, ter estabilidade macroeconômica, mão de obra qualificada, seja referência para o investidor estrangeiro e possa aumentar a qualidade de vida dos brasileiros.
Mais que uma escolha, uma política industrial moderna e robusta é essencial para a competitividade e oportunidade para o Brasil construir um futuro mais próspero.
*Ricardo Alban é empresário e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O artigo foi publicado na Folha de S.Paulo, no dia 25 de março.
Foto: Iano Andrade/ CNI
Da Agência de Notícias da Indústria
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