O evento de quatro dias foi aumentado para incluir um fórum de negócios, concursos de prêmios e sete blocos de desfiles de moda no centro cultural Puls 5.
"A Suíça é bastante conhecida pelo design - em especial os têxteis e a arquitetura. Mas não é como a Itália ou a França, onde se nasce com a moda no sangue", disse Erhard Schwendimann,
diretor da fábrica de calçados suíços Bally para a região Europa
meridional e ocidental.
Fundada em 1851, Bally foi uma das primeiras marcas de luxo do mundo.
"Nós também fomos um dos primeiros no mercado internacional. A Suíça é muito pequena, por isso tivemos nos voltar para o exterior", explica
Schwendimann à swissinfo.ch, acrescentando que o clima local tem
influência sobre a moda: enquanto Bally vende sandálias na Espanha, os
suíços estão pensando em botas.
O país não dispõe de muitas
grifes de moda conhecidas internacionalmente, mas oferece uma escolha
enorme de oportunidades para os compradores.
"A Suíça tem uma
oferta enorme para o consumidor. Todas as grandes marcas estão
representadas, o que mostra que a Suíça é um mercado importante ", disse
Schwendimann, que participa do fórum de negócios da sexta-feira, no
qual o tema debatido é "Suíça como centro da moda e dos tecidos".
Felix
Sulzberger, CEO do Grupo Calida, concorda com seu colega da Bally. "Os
consumidores suíços são muito conscientes da moda e das grifes, o que os
torna um mercado interessante para muitas marcas", disse Sulzberger.
Ele também se apresenta no fórum de sexta-feira.
Em homenagem aos
"fashion days", Calida criou uma coleção de lingerie em edição limitada
com laço preto e fita roxa. A marca de moda íntima vai desfilar na
passarela sexta à noite.
Bally também está organizando uma
exposição especial em cooperação com a Faculdade de Artes da
Universidade de Zurique (ZHdK), a "Dream Factory", uma mostra que conta a
história da empresa de calçado. Ela permanecerá aberta ao público até
domingo no Greutmann Bolzern Design Studio.
Embora não seja o lugar mais chique para se fazer compras, a cadeia de lojas Charles Vögele está aproveitando das comemorações do seu 55º aniversário para renovar sua imagem. Uma das
medidas é o patrocínio principal dos Fashion Days de Zurique.
Para
injetar um pouco de glamour em sua marca Biaggini, Vögele contratou as
atrizes Penélope Cruz e Mónica Cruz. "Estamos extremamente felizes por
ter encontrado neste duo, o carisma, o entusiasmo pela vida, a filosofia
e o senso da moda que combina perfeitamente com Charles Vögele",
declarou André Maeder, CEO do grupo Charles Vögele, quando a parceria
foi anunciada no início deste ano.
As irmãs Cruz criaram uma nova
linha de roupas para Vögele, apresentada no show de abertura da
quarta-feira à noite. Chamada Biaggini Violett, a linha apresenta roupas
de alta qualidade para noite e ocasiões especiais. Vögele tem 800 lojas
em nove países da Europa.
O Prêmio Têxtil da Suíça, criado em 2000, agora faz parte do pacote do novo Fashion Days. Ele será atribuído a um dos seis finalistas que apresentarão suas últimas criações na passarela.
A novidade desse ano é um outro desfile de moda com estilistas da nova
geração da Suíça. Cinco novas grifes que estão ganhando terreno foram
escolhidas para realçar as modelos da manhã de quinta-feira.
Redley
Exantus, um designer de Nova York que se instalou em Genebra há alguns
anos, onde criou a grife Exantus, está entre os destaques de Zurique
destes dias.
"Adoro me apresentar em Zurique, quando tenho a
oportunidade, porque acho que é a cidade é o melhor lugar para se
mostrar para quem está na Suíça. Participar nos Fashion Days de Zurique é
muito importante para mim - isso valida o minha posição como designer
de modas suíço", disse Exantus à swissinfo.ch.
Para a estilista, a
indústria têxtil suíça é uma parte fundamental do cenário da moda
suíça, que tende a "ser absorvida pelos centros de moda ao redor e as
influências que saem de Paris e Milão".
Os Fashion Days também contam com a participação de antigos colaboradores: o americano Alexander Wang, vencedor do Prêmio Têxtil da Suíço 2009, retorna a Zurique para mostrar
desenhos com materiais suíços que fizeram parte do prêmio do ano
passado.
Na manhã de sexta-feira, Tran Hin Phu, vencedor do
prêmio de 2001, será um dos cinco designers da Suíça que apresentará uma
coleção. De origem chinesa- vietnamita, Phu cresceu em Berna e agora
dirige uma empresa de moda feminina com muito sucesso em Zurique.
Kaviar
Gauche também participa do evento. A grife alemã de bolsas e roupas foi
indicada ao Prêmio Têxtil da Suíça há alguns anos.
A dupla de
designers de Berlim convidou a vencedora do Prêmio Annabelle deste ano
para um estágio na empresa. Patrocinado pela revista Annabelle, o prêmio
deve ser concedido a um jovem designer suíço na noite de sexta-feira.
Susan Vogel-Misicka, swissinfo.ch
(Adaptação: Fernando Hirschy)
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