Go Magenta entrevistou mais de mil brasileiros e detectou aumento do interesse por opções de bebidas sem álcool e busca por estilo de vida mais saudável.
Os brasileiros estão considerando reduzir o consumo de bebidas alcoólicas em prol de uma vida mais saudável, tanto do ponto de vista de saúde quanto social. Essa é uma das principais conclusões extraídas da pesquisa Copo Meio Cheio, elaborado pela consultoria Go Magenta.
Com a ideia de avaliar a relação de diferentes consumidores com as bebidas, a empresa e a Offerwise, responsável pela condução do estudo, fizeram entrevistas com mais de mil pessoas, de diferentes regiões do Brasil e diversos estilos de vida, para entender um pouco mais sobre sua reação com as bebidas.
De forma geral, o estudo aponta que existe uma tendência pela busca de uma rotina em que o álcool passe a ocupar cada vez menos espaço.
Entre os entrevistados ouvidos pela Go Magenta e Offerwise, 62% disseram que já consideraram reduzir seu consumo de álcool no último ano para buscar uma vida mais saudável e equilibrada.
Já 83% dos respondentes indicaram estar mais abertos para experimentar bebidas não alcoólicas. E, entre as pessoas que já disseram já ter conseguido diminuir ou moderar o consumo de álcool, 89% afirmaram que sua vida social não apenas se manteve, como até melhorou.
“Acho que a indústria de bebidas, alcoólicas ou não, devem enxergar essa tendência de comportamento como demanda de mercado não atendida satisfatoriamente ainda. Existe muita oportunidade para inovação de portfólio desde ready-to-drinks não alcoólicos e funcionais a bebidas com baixo índice alcoólico como small beers, que é uma categoria bem desenvolvida lá fora”, analisa Gabi Terra, fundadora da Go Magenta.
A pesquisa também reforçou a forte conexão entre bebidas alcoólicas e contextos sociais. Quando questionadas sobre os principais fatores que os motivam a consumir álcool, 53% dos entrevistados citaram as ocasiões de descontração. Já 51% disseram que bebem para acompanhar amigos e familiares e 42% assumiram que buscam uma bebida após terem um dia difícil.
A presença do álcool em contextos de encontros sociais ainda é tão forte que 34% dos entrevistados responderam que encontram dificuldade em manter uma vida social sem beber.
Isso, inclusive, pode explicar um pouco o fenômeno do sober shaming, que aparece na pesquisa como uma espécie de discriminação com quem decidiu deixar de consumir álcool. Essa pressão social, inclusive, é citada como a segunda maior barreira para a redução no consumo de bebidas.
A pesquisa também apontou que os motivos para consumir mais ou menos bebidas alcoólicas também variam de acordo como recorte geracional.
Entre os membros da geração Z, por exemplo, 30% disseram que preferem beber menos para mais autocontrole e, assim evitar os episódios de ressaca moral.
Já os millennials demonstraram maior preocupação com os efeitos da ressaca física e disseram que preferem beber menos, também, para tentar emagrecer.
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