Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Engenharia, medicina, direito e outras áreas tradicionais vão manter status no mercado de trabalho, mas exigirão aperfeiçoamento e adequação de habilidades.


Planejar a carreira num mercado de trabalho em constante transformação não é tarefa fácil para muitos profissionais. Com previsões futuristas apontando os melhores empregos para as próximas décadas, é comum que eles se percam dentro da variedade de opções determinada pelos mais diversos estudos de tendências. Carreiras como técnico em robótica, organizador de comunidades on-line, bioinformata ou gerente de ecorrelações, apenas para citar algumas, são, sim, promissoras. Mas não vão roubar o espaço de quem se decidir pela formação em funções tradicionais como as de médico, advogado, publicitário, engenheiro, arquiteto, vendedor ou secretária. "Apesar de toda a especulação em torno de oportunidades inéditas, essas carreiras continuam sendo uma opção inteligente e antenada. Ao contrário do que se pensa, elas não vão perder status", afirma a consultora de carreiras Jacqueline Alves de Souza.


Segundo ela, na economia moderna e no mundo globalizado, carreiras promissoras são todas aquelas em que os profissionais são capazes de aliar conhecimento específico de uma determinada área, habilidades técnicas e muita criatividade. O ponto em comum entre as novas profissões e as oportunidades reservadas para as antigas é o fato de elas serem fundamentadas e de terem surgido na esteira da inovação e dos avanços científicos. Enquanto as profissões do futuro se concentram em áreas como internet, meio ambiente, demografia e tecnologia, entre outras, as antigas também podem (e devem) pegar carona na engrenagem das novas configurações sociais e de mercado, incorporando conhecimentos de diferentes áreas e inaugurando frentes de trabalho até então pouco exploradas.


Para ter uma carreira de sucesso numa profissão antiga é preciso que o profissional esteja atento ao aperfeiçoamento e adequação de habilidades, tanto técnicas quanto comportamentais. Para ocupar o verdadeiro novo emprego, independentemente da área de formação, os profissionais terão que ser capazes de inovar e empreender, de avaliar tendências e se antecipar às demandas.


A expansão em ritmo acelerado e, sobretudo, a modernização da economia brasileira também abriram espaço no país para as profissões clássicas. As engenharias, por exemplo, estão cada vez mais em alta, com defasagem de profissionais. Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria, a dificuldade de contratar é um problema sério em sete de cada 10 organizações brasileiras. Isso decorre, em parte, da deficiência da educação nacional, uma ferida que só o tempo e as boas políticas podem sanar. O maior abismo, contudo, é consequência direta do enorme apetite das empresas brasileiras por especialistas e técnicos nas chamadas profissões de base.


Para Eliane Ramos de Vasconcelos, consultora de carreiras e diretora do PI Brasil , o grande nó para os profissionais das áreas clássicas é aprender a falar a linguagem do século 21 e a adotar uma visão sistêmica, embasada numa formação que precisa ser cada vez mais abrangente, um desafio que esbarra na falta de reformulação das grades curriculares das universidades brasileiras. Para driblar essa falha, o profissional acaba tendo que, por conta própria, enriquecer e complementar sua bagagem de conhecimentos, buscando alternativas em outros cursos e instituições.


PALAVRA DE ESPECIALISTA


Carlos Antônio Brandão - Professor da UFMG e autor do livro Profissões do futuro, da IEAT

Jogo de cintura "As profissões antigas não vão deixar de existir. Ao contrário, tendem a se tornar cada vez mais importantes, com os profissionais reavaliando sua maneira de trabalhar. Para se estabelecer com força no futuro, os profissionais têm que cultivar a capacidade de aprofundar seus conhecimentos, fazendo conexões com outras áreas. Com os problemas se tornando cada vez mais complexos e globais ele tem que saber se expor e também captar o que vem de outros campos do conhecimento.


Trabalhar em grupo, ter jogo de cintura e criatividade para enfrentar questões cada vez mais complexas, inéditas e de grandes proporções, como as crises econômicas e os grandes impactos ambientais, são outras características necessária aos profissionais. Quanto mais a tecnologia se desenvolve, mais as profissões antigas têm que se interfaciar com as humanidades, justamente pela grande convivência com problemas de ordem ética e filosófica. Para os que a acompanham as transformações com a mesma velocidade, se reciclam e aprendem a aprender frequentemente, novas frentes de trabalho vão se abrir sempre."


Fonte:http://www.relacoesdotrabalho.com.br/

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