Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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NRF 2016 – Aumento de produtividade e encantamento do consumidor

Nesta NRF, observamos muitas novidades, mas o amadurecimento de conceitos apresentados como tendências nos anos anteriores, também foi relevante.

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A busca por um varejo cada vez maior, deu lugar à busca por melhoria dos resultados nas lojas já implantadas. Para obter o tão desejado aumento de produtividade, os varejistas usam e abusam de todas as ferramentas disponíveis. A cada dia surgem novas, e as já existentes ficam cada vez mais poderosas.

Nesta edição da NRF, observamos muitas novidades, mas o amadurecimento de conceitos apresentados como tendências nos anos anteriores, também foi relevante. Tais como:  uso da tecnologia para ampliar o relacionamento, ao invés de distanciar; o design das lojas físicas, pensado para encantar os consumidores e entregar experiência; a utilização de tecnologias no ambiente físico, que antes somente eram utilizadas nas lojas virtuais; as redes sociais como principais propagadoras das marcas; o big data permitindo customizar produtos e serviços em tempo real e aplicação do analytics para estabelecer novas relações de qualidade com o consumidores. Todas são ferramentas de apoio para se obter o tão desejado incremento da produtividade.

Uma realidade vivida pelo varejo europeu, onde a análise da necessidade do número de lojas, e também em relação ao tamanho de cada uma, passou de forma devastadora pelo varejo americano, reduzindo grandes redes, mas propiciando aumento da lucratividade.  Neste momento, este é o ponto de maior reflexão por parte dos varejistas brasileiros, pois grandes redes que há muito tempo não deixavam de abrir unidades em todos os novos shoppings, agora executam um doloroso plano de redução de lojas deficitárias, ou de baixa lucratividade, fechando em mais de uma dezena de locais.

O estudo para redução da área física também é uma possibilidade ventilada, haja vista que o volume de consumidores está menor, por questões da lógica de consumo dividido com o on-line, e também devido à crise, que muito abate o varejo neste momento. Nos Estados Unidos uma pesquisa realizada constatou que o fluxo das lojas físicas caiu 52% de 2010 a 2014, mas o faturamento aumentou 15%. Isso demonstra que a pesquisa de compra passou a ser on-line e a finalização pode ocorrer na loja física, que terá oportunidade de fazer um up-selling, aumentando assim ticket médio e faturamento.

A adequação das lojas para atendimento das demandas dos novos consumidores Millennials e Seniors é também um desafio. Nesta corrida das marcas para não perder seus antigos consumidores, e ao mesmo tempo, não envelhecer e conquistar o gosto da nova geração, que age e compra de forma muito diferente. Para os Millennials, a experiência é mais importante que o ter, mudando assim a lógica do consumo. Eles não desejam comprar carro, preferem andar de Uber e bike, não possuem o sonho da casa própria, pois não querem se fixar e quando ficam um pouco mais de tempo em algum lugar, alugam algo pelo Airbnb. Mais que vender para esta geração, as empresas começam a preocupar em como recebê-los como foça de trabalho, pois em breve os millennials serão maioria da força de trabalho empregada.

Em relação ao on-line e ao off-line, a palavra da moda nesta NRF é o all-line. Não existe como diferenciar canais, o consumidor não pensa com a lógica de canal e cada um deles é extensão do outro, não sendo possível determinar onde um começa e onde acaba o outro.

O que realmente importa é atender o consumidor onde, quando e da forma como ele quiser, proporcionando uma experiência única e memorável com a marca, não permitindo qualquer tipo de descontentamento, desde o primeiro contato, até o pós-venda. Neste sentido, as novas formas de pagamento passaram a ter uma relevância enorme, pois agilizam o processo de check-out, onde normalmente é gerado grande stress e frustração, destruindo assim tudo que foi corretamente realizado anteriormente.

Nesta verdadeira guerra travada para alançar resultado e conquistar o consumidor, as empresas, fornecedores de produtos e tecnologia, e até mesmo consumidores, passaram a colaborar com as marcas com informação e até mesmo co-criando produtos.

O universo de novas possibilidades é enorme e acessível a todos. A execução rápida e assertiva será, mais uma vez, o ponto determinante de sucesso, principalmente no varejo brasileiro, onde muito se sabe e poucos conseguem executar  o que planejam.

http://onegociodovarejo.com.br/nrf-2016-aumento-de-produtividade-e-...

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