Executivos dão detalhes de NTT Data e NTT Limited se tornando uma única companhia.
De origem japonesa, a NTT evoluiu de uma estatal de telecomunicações para uma empresa privada que entendeu que, por meio de aquisições, poderia se expandir globalmente. Foram mais de 50 empresas compradas que se aglutinaram em dois grandes grupos: NTT Limited, com as companhias de infraestrutura de TI; e a NTT Data, com toda a parte de aplicações, processos e transformação digital.
Mas, desde abril desse ano, elas se tornaram uma empresa única, a NTT Data Inc., que engloba todo o portfólio de infraestrutura e aplicações fora do Japão. Em entrevista ao IT Forum, Jefferson Anselmo, vice-presidente sênior e head de Soluções e Serviços de Tecnologia da NTT Data Inc. nas regiões Ibéria, Latam e Organizações Internacionais, afirma que esse processo será mais uma maratona do que um “sprint”.
“No nosso ambiente de infraestrutura, a presença dos nossos parceiros de negócios no processo de trabalho é muito mais frequente em todas as etapas do ciclo de produção, desde a proposta básica, até a entrega da solução, se comparado com a NTT Data. A NTT Data tem um ciclo de produção e negócio que não tem presença tão forte dos parceiros tecnológicos. O grande diferencial é a capacidade própria da empresa de criar e de fazer a integração e você só integra algo que já existe. E a forma de trabalho dessas duas coisas é distinta. Fazer uma fusão dessas duas coisas do dia para o outro poderia ser destrutivo”, comenta ele.
Com o anúncio, a NTT Data Inc. se torna uma empresa com receita anual global de mais de US$ 30 bilhões e operações em mais de 50 países. De acordo com Anselmo, ambas as companhias apresentavam crescimento de dois dígitos, o que leva a uma cautela maior na execução das atividades.
Por isso, os passos serão mais lentos. Esse ano, todo o front-office será consolidado. Ou seja, tudo o cliente vê será unificado. “Enquanto fazemos isso, começamos a tratar o back-office: como eu faço com que as funções de apoio estejam adequadas para que eu consiga capturar e entregar o valor que meu cliente precisa. Isso vai ser estudado durante esse ano, para o ano-fiscal de 2025 ter a implantação da operação suportando essa única face ao cliente”, revela o executivo.
Segundo Anselmo, para o cliente, tudo será facilitado. Antes, se ele quisesse uma solução que englobasse o portfólio das duas empresas, talvez fosse necessário negociar com as duas, fazer o meio de campo com as empresas, teria dois contratos, dois jurídicos distintos e até dificuldade de ter uma visão consolidada da arquitetura consolidada. A partir de agora, ele não tem mais essas dificuldades.
À frente de toda essa operação no Brasil está Ricardo Neves, CEO da NTT Data Inc., que dá detalhes da importância do País para a companhia. De acordo com ele, o Brasil está dentro da região chamada Europa, Oriente Médio e América Latina.
“A América Latina é a região que se destaca em crescimento e rentabilidade em todo o mundo. E o Brasil se destaca dentro da América Latina como o maior mercado”, diz ele. Anselmo complementa ao dizer que temos uma taxa de crescimento de mais de três vezes do que o crescimento de mercado.
Hoje, a NTT Data Inc. investe US$ 3,5 bilhões em Pesquisa & Desenvolvimento globalmente. Parte desse dinheiro, ainda que não especificado quanto, vem ao Brasil, que conta com um dos Laboratórios da empresa.
Neves conta que o laboratório tem aproximadamente 15 cientistas focados e conectados com os estudiosos de outros centros no mundo. “Nós recebemos muito mais do que infelizmente tenhamos condições de colocar dinheiro para criar. Entretanto, alguns produtos que já são usados no mundo foram desenvolvidos no Brasil”, diz ele.
Com a fusão, os executivos concordam que todas as verticais podem ser trabalhadas pela NTT Data Inc. Isso porque a NTT Data traz um conhecimento vertical aprofundado que se combina com o conhecimento horizontal de tecnologia da Limited.
Pergunto quais são os possíveis principais desafios dos clientes brasileiros e o CEO volta um pouco no tempo para explicar o que vê hoje. Se ano passado muitos dos CEOs tinham FOMO (Fear Of Missing Something ou, em português, Medo de Perder Algo) com o tema de Inteligência Artificial, hoje os clientes já começam a aplicar “para valer” a tecnologia.
Editora do IT Forum. Jornalista com mais de dez anos de atuação na cobertura de tecnologia. É a quarta jornalista de tecnologia mais admirada no Brasil, pelo prêmio “Os +Admirados da Imprensa de Tecnologia 2022” e tem a experiência de contribuições para o The Verge.
https://itforum.com.br/noticias/ntt-data-inc-fusao-us-30-bilhoes/
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