Marcelo de Araújo, CEO da Consultare, explica as transformações na área da saúde com a chegada do 5G.
O leilão do 5G, que ocorreu em novembro, proporcionou ao Brasil o primeiro passo em direção a uma nova era da internet móvel. A tecnologia, que deve começar a funcionar no país a partir de julho de 2022, vai multiplicar a velocidade das conexões e capacidade de armazenamento de dados, abrindo caminho para propagar novas tecnologias, em diferentes segmentos, como o da saúde, com cirurgias à distância, por exemplo.
Marcelo de Araújo cita a Consultare como exemplo de clínica que tem buscado formas de usar a tecnologia para realizar exames importantes por um custo menor, alcançando comunidades periféricas, aumentando o acesso ao diagnóstico.
“O próprio PCR hoje, aquele antígeno, é possível fazer em minutos. Você transmite pela internet, a informação passada pelo médico especialista, e a pessoa recebe no celular. Então achamos que esses tipos de exames vão acontecer cada vez mais rápido”, analisou.
Muitas dúvidas surgem em relação ao fato de que as inovações vão transformar o mercado de trabalho. Mas ao contrário do que muitos temem, a tecnologia não vai substituir os médicos, mas sim aumentar a precisão, acelerar diagnóstico e diminuir a necessidade de ida da população aos grandes centros em busca de um exame específico, ou de um especialista.
Assim, os profissionais que iam para as capitais serão estimulados a permanecer nas suas cidades, uma vez que terão acesso a toda essa tecnologia, e o paciente também se deslocará menos, economizando tempo e dinheiro. “Acho que fica bom para todo mundo. A tecnologia tem facilitado a vida, preservado empregos e salvado vidas”.
Aumento da longevidade e qualidade de vida
Com os benefícios trazidos pelos avanços tecnológicos na saúde, é previsto o aumento da longevidade. Mesmo durante uma cirurgia, o 5G vai permitir a comunicação entre médicos que estejam em locais diferentes e, com isso, o paciente terá mais chances de tratar do seu problema, seja num posto de saúde ou numa emergência de hospital.
A Inteligência Artificial (IA) também será usada não só para ajudar no laudo do diagnóstico, mas também para analisar prováveis doenças. “Ao ver que tem uma imagem sugestiva a uma certa doença, num certo tempo, além de confirmar o que o médico acha do laudo, (a IA) vai ajudar a fazer detectar possíveis complicações que a pessoa pode ter no futuro”.
Outro ponto importante é a interligação de estudos da medicina em um só lugar, dando ao paciente mais controle do que está se passando na sua vida e aos profissionais de saúde mais acesso a todos os seus prontuários eletrônicos, mesmo aqueles feitos em diferentes instituições.
Em linhas gerais, a mudança será para melhor. Marcelo de Araújo explica que as facilidades permitirão, inclusive, que a receita recebida pelo paciente em uma consulta já esteja ligada às farmácias, favorecendo a compra e o início de um tratamento.
Pelo smartphone, será possível conferir o histórico do paciente, bem como realizar pagamentos de consultas e exames via Pix, permitindo que diversas áreas da vida de uma pessoa estejam integradas, podendo ser facilmente acessadas.
“Quando falamos em saúde, às vezes 10,30 segundos é o tempo de não ter uma sequela, ou de que, apesar do problema de saúde, seja possível ter uma qualidade de vida totalmente diferente por conta da tecnologia. Nós já temos ouvido que os relógios inteligentes estão salvando vidas e eu acredito que, em breve, o smartphone com 5G vai ser o nosso segundo coração”, finalizou.
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