Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O advogado mais caro do Brasil e um bandido barato ameaçam o Estado de Direito

Carlinhos Cachoeira começou a captura do Poder Executivo com a compra de governadores. Prosseguiu a ofensiva com a contratação de Márcio Thomaz Bastos, um advogado disposto a tudo para livrar de castigos o chefe da quadrilha desbaratada pela Polícia Federal que vivia elogiando nos tempos de ministro da Justiça do governo Lula. E completou o serviço quando o Planalto ordenou à maioria governista que transformasse a CPI batizada com o apelido do delinquente goiano em mais um monumento à impunidade.

Carlinhos Cachoeira começou a captura do Poder Legislativo com o arrendamento de parlamentares, entre os quais o senador Demóstenes Torres ─ hoje reduzido a uma caricatura carnavalesca do personagem de ficção que funde Dr. Jekyll e Mr. Hyde. A ofensiva prosseguiu na CPI, com a debochada performance produzida e dirigida pelo doutor em truques de tribunal. E será consumada com o naufrágio anunciado de uma comissão de inquérito administrada por cúmplices dos investigados.

Carlinhos Cachoeira começou a captura do Poder Judiciário com o aluguel de comparsas  disfarçados de juízes. A ofensiva prosseguiu com a mobilização de desembargadores decididos a condenar os xerifes, libertar os bandidos e enterrar no mausoléu dos absurdos jurídicos o colosso de provas colhidas pelos detetives. As ameaças de morte que afastaram do caso o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, responsável pela prisão do comandante da quadrilha e seus generais, informam que Cachoeira está pronto para completar a desmoralização da Justiça.

“Não é o juiz quem tem de se afastar em nome de sua segurança, mas o Estado que precisa lhe garantir a vida, prender os autores das ameaças e assegurar condições para o desbaratamento dessa máfia”, adverte a jornalista Dora Kramer no artigo reproduzido na seção Feira Livre. “Qualquer coisa diferente disso equivale a transferir aos bandidos um poder de decisão que não lhes pertence e pôr de antemão o juiz (ou juíza) substituto sob suspeita ou risco de morte”.

A operação concebida por Cachoeira (e aperfeiçoada por um ex-ministro da Justiça) para a captura dos três Poderes tem de ser neutralizada já. Ou as instituições cumprem seu dever sem delongas ou formalizam publicamente a rendição vergonhosa. Nada justifica a libertação prematura dos quadrilheiros. Não se pode conceder o direito de ir e vir a quem pretende usá-lo para obstruir investigações, destruir provas, silenciar testemunhas, submeter desembargadores e intimidar magistrados.

Os integrantes da organização criminosa têm de aguardar engaiolados a merecidíssima condenação a longas temporadas na cadeia. Se ocorrer o contrário, como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, o Estado Democrático de Direito terá sido algemado pela parceria que juntou o advogado mais caro do Brasil e um bandido barato, mas com dinheiro de sobra para pagar o que for preciso para continuar em ação. Os R$ 15 milhões que estimulam a inventividade de Márcio Thomaz Bastos, por exemplo. Ou propinas que amansam figurões do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.

Fonte:  http://veja.abril.com.br

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Comentário de Edson Baron em 26 junho 2012 às 8:34

A perguntas que também não querem calar é:

- Porque a revista Veja se permitiu ser pautada durante 7 anos por esses mesmos bandidos que se fortaleceram e hoje ameaçam o estado?

- Porque o "ilustríssimo" sr. Policarpo testemunhou em uma CPI a favor do sr. Cachoeira, que até ontem era tratada por dito semanário do "empresário dos jogos", ao invés de atacar essa máfia e contribuir para derrubar a quadrilha enquanto eram menores???

Como ingênuo cidadão e contribuinte, aguardo também por essas respostas.

De políticos já não espero absolutamente nada há muito tempo.

Infelizmente da revista Veja também não mais. Lamentável.

Comentário de Luiz Barbosa Lima em 24 junho 2012 às 12:22

Esses bandidos e o danos que estão provocando em nossa SOCIEDADE é utrajante e inconcebível ! Por muito menor dano e menos repercursão ao longo dos anos tivemos um Presidente deposto por conta da compra de um automovel Alba para sua mulher ! O Pesidente do Paraguai também foi deposto democraticamente  o que os canalhas Sul Americanos vizinhos chefes de quadrilhas em seus paises, não querem reconhecer. Por um motivo menor sim,  considerando o mal que os nossos três poderes estão cometendo com todo povo brasileiro. Eleição nenhuma vai corrigir essa situação que assistimos em nosso país. Meu amigo  já falecido ( em 1992) JOSE AUGUSTO DOS SANTOS, dizia e defendia ardorosamente : "ENQUANTO NÃO HOUVER UMA REVOLUÇÃO QUE CORRA SANGUE NO BRASIL, NÃO CONSERTAREMOS NOSSO PAÍS" . Não compactuava com essa ideia porque aqueles que a defendiam, eram e são esses elementos que hoje estão no Poder e co-responsáveis por essa situação que estamos vivenciando. Mas defendo essa ideia CONTRA ELES ! ANTES QUE ACABEM COM NOSSA AUTO ESTIMA, SUSTENTABIIDADE FAMILIAR (já em degradação), JUSTIÇA LIVRE E INTEGRA E LIBERDADE INDIVIDUAL.  

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