Carlinhos Cachoeira começou a captura do Poder Executivo com a compra de governadores. Prosseguiu a ofensiva com a contratação de Márcio Thomaz Bastos, um advogado disposto a tudo para livrar de castigos o chefe da quadrilha desbaratada pela Polícia Federal que vivia elogiando nos tempos de ministro da Justiça do governo Lula. E completou o serviço quando o Planalto ordenou à maioria governista que transformasse a CPI batizada com o apelido do delinquente goiano em mais um monumento à impunidade.
Carlinhos Cachoeira começou a captura do Poder Legislativo com o arrendamento de parlamentares, entre os quais o senador Demóstenes Torres ─ hoje reduzido a uma caricatura carnavalesca do personagem de ficção que funde Dr. Jekyll e Mr. Hyde. A ofensiva prosseguiu na CPI, com a debochada performance produzida e dirigida pelo doutor em truques de tribunal. E será consumada com o naufrágio anunciado de uma comissão de inquérito administrada por cúmplices dos investigados.
Carlinhos Cachoeira começou a captura do Poder Judiciário com o aluguel de comparsas disfarçados de juízes. A ofensiva prosseguiu com a mobilização de desembargadores decididos a condenar os xerifes, libertar os bandidos e enterrar no mausoléu dos absurdos jurídicos o colosso de provas colhidas pelos detetives. As ameaças de morte que afastaram do caso o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, responsável pela prisão do comandante da quadrilha e seus generais, informam que Cachoeira está pronto para completar a desmoralização da Justiça.
“Não é o juiz quem tem de se afastar em nome de sua segurança, mas o Estado que precisa lhe garantir a vida, prender os autores das ameaças e assegurar condições para o desbaratamento dessa máfia”, adverte a jornalista Dora Kramer no artigo reproduzido na seção Feira Livre. “Qualquer coisa diferente disso equivale a transferir aos bandidos um poder de decisão que não lhes pertence e pôr de antemão o juiz (ou juíza) substituto sob suspeita ou risco de morte”.
A operação concebida por Cachoeira (e aperfeiçoada por um ex-ministro da Justiça) para a captura dos três Poderes tem de ser neutralizada já. Ou as instituições cumprem seu dever sem delongas ou formalizam publicamente a rendição vergonhosa. Nada justifica a libertação prematura dos quadrilheiros. Não se pode conceder o direito de ir e vir a quem pretende usá-lo para obstruir investigações, destruir provas, silenciar testemunhas, submeter desembargadores e intimidar magistrados.
Os integrantes da organização criminosa têm de aguardar engaiolados a merecidíssima condenação a longas temporadas na cadeia. Se ocorrer o contrário, como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, o Estado Democrático de Direito terá sido algemado pela parceria que juntou o advogado mais caro do Brasil e um bandido barato, mas com dinheiro de sobra para pagar o que for preciso para continuar em ação. Os R$ 15 milhões que estimulam a inventividade de Márcio Thomaz Bastos, por exemplo. Ou propinas que amansam figurões do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.
Fonte: http://veja.abril.com.br
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A perguntas que também não querem calar é:
- Porque a revista Veja se permitiu ser pautada durante 7 anos por esses mesmos bandidos que se fortaleceram e hoje ameaçam o estado?
- Porque o "ilustríssimo" sr. Policarpo testemunhou em uma CPI a favor do sr. Cachoeira, que até ontem era tratada por dito semanário do "empresário dos jogos", ao invés de atacar essa máfia e contribuir para derrubar a quadrilha enquanto eram menores???
Como ingênuo cidadão e contribuinte, aguardo também por essas respostas.
De políticos já não espero absolutamente nada há muito tempo.
Infelizmente da revista Veja também não mais. Lamentável.
Esses bandidos e o danos que estão provocando em nossa SOCIEDADE é utrajante e inconcebível ! Por muito menor dano e menos repercursão ao longo dos anos tivemos um Presidente deposto por conta da compra de um automovel Alba para sua mulher ! O Pesidente do Paraguai também foi deposto democraticamente o que os canalhas Sul Americanos vizinhos chefes de quadrilhas em seus paises, não querem reconhecer. Por um motivo menor sim, considerando o mal que os nossos três poderes estão cometendo com todo povo brasileiro. Eleição nenhuma vai corrigir essa situação que assistimos em nosso país. Meu amigo já falecido ( em 1992) JOSE AUGUSTO DOS SANTOS, dizia e defendia ardorosamente : "ENQUANTO NÃO HOUVER UMA REVOLUÇÃO QUE CORRA SANGUE NO BRASIL, NÃO CONSERTAREMOS NOSSO PAÍS" . Não compactuava com essa ideia porque aqueles que a defendiam, eram e são esses elementos que hoje estão no Poder e co-responsáveis por essa situação que estamos vivenciando. Mas defendo essa ideia CONTRA ELES ! ANTES QUE ACABEM COM NOSSA AUTO ESTIMA, SUSTENTABIIDADE FAMILIAR (já em degradação), JUSTIÇA LIVRE E INTEGRA E LIBERDADE INDIVIDUAL.
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