COMENTÁRIO: Em termos de indústria, manufatura em geral , grandes projetos, foi os militares sairem e os novos governos iniciarem o desmonte da manufatura no Brasil, a partir de diretivas econômicas vindas de fora .Tornamo-nos um fazendão, com uma agricultutura bem sucedida sim ( graças à Embrapa e outras iniciativas de décadas anteriores de alto investimento em recursos humanos ) , mas que acaba escondendo o efeito das desindustrialização. Basta a China travar que isso aqui vira um z_na. No setor têxtil, de equipamento, creio que só o balde é feito aqui. Mas não estou bem certo. Mas acho que pooir enquanto sim. Sobrou o balde na química têxtil
O alijamento da indústria 4 de março de 2013 | 20h00 Celso Ming
Ainda persiste entre os dirigentes do setor produtivo brasileiro o discurso de que a indústria é altamente competitiva do portão da fábrica para dentro, mas não do portão para fora. Com isso, querem dizer que não adianta muito modernizar linhas de produção e incorporar tecnologia, porque os custos derrubam tudo. Aos poucos, os empresários têm tomado consciência de que as coisas são mais complicadas. A indústria brasileira, protegida demais, vai ficando fora do novo arranjo do mercado mundial, formado por grandes cadeias de fornecimento e de produção. Duas advertências recentes foram feitas sobre esse tema por profissionais do setor. A primeira delas é do ex-embaixador do Brasil em Londres e nos Estados Unidos, Rubens Barbosa, hoje presidente do Conselho de Comércio Exterior da Fiesp. Em entrevista à jornalista Patrícia Campos Mello, veiculada na Folha de S.Paulo de 1.º de março, o embaixador Barbosa disse que a indústria nacional não só está sendo alijada da cadeia dos global suppliers. Ela também está fora da formulação de suas regras: o governo brasileiro deixou de negociar novos acordos comerciais. Em outra entrevista, esta à repórter Raquel Landim, publicada nesta segunda-feira no Estado, o sócio-fundador do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Pedro Passos, adverte que “precisamos incluir o Brasil nas cadeias produtivas globais. Perdemos inúmeras oportunidades, temos de enfrentar essa agenda”. O problema não é só esse. Além de estar sendo excluída da cadeia global de produção, a indústria brasileira também não tem dado conta do mercado local. “Se a empresa não estiver na fronteira da tecnologia, perde o mercado interno”, avisa Passos. Tanto não vem dando conta que a produção cai, mesmo com a forte elevação do consumo. E essa demanda tem sido cada vez mais suprida por importações. O embaixador Barbosa observa que a Embraer é a única empresa brasileira que participa dessas cadeias. Não se preocupa em gerar cada componente de que precisa. Ao contrário, seus aviões são um agregado global. Entre seus modelos, há asas fabricadas no Japão; spoilers vindos da Argentina; trens de pouso e poltronas fabricadas na Alemanha; turbinas originárias da Inglaterra ou dos Estados Unidos; fuselagem feita na República Checa; e assim por diante. “Com um índice de inovação baixo, não podemos ser exemplo do portão da fábrica para dentro”, acrescenta Passos. É o contrário de tudo o que a política industrial do governo federal pratica. Para isso, trabalham para conseguir formar reservas de mercado para fornecedores das montadoras de veículos, da Petrobrás e da petroquímica. Os formuladores da política industrial do Brasil não pensam nessa inserção no mercado internacional de tecnologia e de distribuição. Querem que tudo seja feito por aqui. E isso compromete o futuro da indústria. São os mesmos que, em vez de reconhecer o caminho certo da Embraer, tomam como exemplo os problemas da Boeing com suas baterias de lítio para sugerir que a própria Boeing devesse desenvolver suas baterias – e não terceirizar sua produção. A indústria precisa fazer escolhas. Para isso, tem de ter noção clara dos seus limites. E é promissor que os próprios empresários estejam percebendo a necessidade do novo salto. Se o Brasil deve ter uma política industrial (os Estados Unidos não têm), o que o governo precisa fazer é orientar essas escolhas. CONFIRA Blindagem. Quando pedem alguma proteção contra o risco de perda cambial na participação de projetos de desenvolvimento no Brasil, os investidores estrangeiros sentem as mesmas insegurança e falta de clareza que os investidores internos estão sentindo. (Resumidamente, trata-se do risco de trazer mais dólares e sair com menos, em consequência da variação das cotações da moeda.) Difícil entender. A insegurança é consequência da atual política econômica mercurial do governo Dilma. Nunca se sabe o que o governo realmente quer. Até quando? O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, está outra vez negociando travas comerciais com o governo argentino, como preparação do encontro entre as presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner, previsto para o dia 7. Mas até quando é preciso ser paciente com eles? Não há nenhuma indicação de que a má fase dos hermanos esteja sendo afastada. Ao contrário, piora tudo
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Comparando com Embraer, podemos citar no textil a industria da confecção( é a montadora ) Por que nem ela aguenta? Pode-se comprar em qualqur lugar seus insumos ( tecidos, linhas, etc ). Mas a carga tributaria, as leis trabalhistas, etc, corroem tudo. Basta comparar preços nos EEUU, Na Asia e até na Europa, que a nossa confecção é mais cara. E tambem nos alimentos, que como se sabe, a agricultura e a pecuaria tem salvado o País há muito tempo.
Essa dificuldade da indústria nacional já vem de décadas.
É preciso ivestir em maquinários para modernizar, treinamento em mão de obra para aumentar a produtividade e pagar salários dignos aos funcionários para que eles ou elas permaneçam na empresa
é muito triste tudo isto.
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