O Ibope diz que 55% dos brasileiros não votariam em Lula de jeito nenhum.
Mas isto é porque a pergunta não informa aos eleitores o currículo resumido do eventual candidato.
Eu sugiro duas perguntas para a próxima pesquisa:
Caro eleitor,
1) Você votaria num candidato…
– em cujo governo se institucionalizou o maior esquema de corrupção da história do mundo, conhecido como petrolão, além do esquema de compra de apoio parlamentar conhecido como mensalão, do qual ele era, politicamente, o maior beneficiário;
– suspeito de tráfico nacional (no BNDES) e internacional de influência para favorecer a empreiteira Odebrecht, cujo dono acabou preso, acusado de organização criminosa, lavagem de capitais e corrupção, inclusive em contratos com a Petrobras;
– suspeito de ter vendido a Medida Provisória 471 durante o seu mandato presidencial para favorecer montadoras de veículos com a prorrogação de incentivos fiscais de R$ 1,3 bilhão por ano;
– cujo filho Luiz Cláudio tem uma empresa, a LFT Marketing Esportivo, que recebeu R$ 2,4 milhões de Mauro Marcondes, um dos lobistas investigados por negociar a edição e a aprovação da MP 471;
– cujo filho Luiz Cláudio, formado em educação física e ex-auxiliar de preparadores físicos, conseguiu ainda a proeza de atrair para um torneio de futebol americano o patrocínio milionário de empresas como Budweiser (grupo Inbev), Energético TNT (Cervejaria Petrópolis), Caoa Hyndai, Tigre, Sustenta Energia (grupo JHSF), Qualicorp e Gol, algumas das quais devem muito ao governo do partido do pai;
– cujo melhor amigo, José Carlos Bumlai, que tinha trânsito livre em seu gabinete, é investigado pela Polícia Federal após ser acusado por um pagador de propinas de ter recebido R$ 2 milhões para intermediar negócios no setor de petróleo;
– cuja nora teria sido a beneficiária desses R$ 2 milhões, como possível forma de pagamento pelo lobby que o sogro teria feito na empresa Sete Brasil – em reuniões confessadamente marcadas por Bumlai – a favor do estaleiro de Eike Batista;
– que, segundo o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), “colocou uma quadrilha do seu partido para roubar carteiro e viúva de carteiro” nos fundos de pensão, o que resultou em nova CPI, para a qual o PTbarrou a convocação de Bumlai evidentemente com medo das consequências;
– cujo filho Fábio Luís era, nas palavras do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), “limpador de estrume de elefante no Zoológico de São Paulo” e, após a posse do pai como presidente, tornou-se um megaempresário, que foi enriquecendo conforme sua produtora recebia milhões de reais da Telemar, empresa depois favorecida pela alteração de uma lei mediante decreto assinado pelo presidente papai;
– cujo sobrinho, Taiguara Rodrigues dos Santos, era um pequeno empresário em Santos-SP, até que uma de suas empresas de engenharia, a Exergia Brasil, foi contratada pela Odebrecht para uma obra em Angola, no mesmo ano em que a empreiteira conseguiu no BNDES um financiamento para esse projeto;
– cujo sobrinho Taiguara ganhou contratos de obras justamente após o titio ex-presidente ter viajado, com dinheiro da Odebrecht, para negociar transações para a empreiteira; e acabou recebendo dela, ao longo de quatro anos, 2 milhões de dólares, conforme o próprio Taiguara admitiu à CPI do banco, sem conseguir comprovar as credenciais que lhe aproximaram dos contratos milionários;
– dono de uma cobertura tríplex no edifício Solaris, no Guarujá (SP), uma das oito obras assumidas por uma empreiteira envolvida no petrolão, a OAS, depois da quebra em 2006 da Bancoop, então presidida por seu amigo João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT atualmente preso pela Operação Lava Jato;
– cujo tríplex e cujo sítio tiveram suas reformas pagas pela mesma OAS, cujo presidente, Léo Pinheiro, que o chamava de “chefe”, também está preso;
– cujo nome estava junto ao de Gilberto Carvalho e José Dirceu na lista de políticos que um empresário ameaçava envolver na teia criminosa que resultou no assassinato, em 2001, do petista Celso Daniel, então prefeito de Santo André;
– cujo partido usou a Petrobras, segundo o operador do mensalão Marcos Valério, para levantar 6 milhões de reais e comprar o silêncio do chantagista citado no item anterior;
– cujo emissário teria sido imbuído com a missão de arranjar serviço e dinheiro para o marido de sua famigerada amante, Rosemary Noronha, que ameaçava contar tudo que sabia dos esquemas dele após ser abandonada;
– que disse, em evento partidário, que o seu ex-ministro e antigo braço-direito José Dirceu, duplamente preso pelo mensalão e pelo petrolão, “tem o meu aval”, e depois mentiu em entrevista à TV sobre os condenados pelo mensalão, dizendo que “não se trata de gente da minha confiança”;
– que deu apoio eleitoral ao ditador Nicolás Maduro, da Venezuela, cujo governo foi acusado por um promotor de Justiça foragido de tê-lo pressionado para forjar provas que justificassem a prisão e a condenação do opositor político Leopoldo López, a quem senadores brasileiros foram proibidos de prestar uma visita na cadeia quando estiveram no país;
– que se negou a extraditar o criminoso italiano Cesare Battisti, acusado de matar quatro pessoas, para um país democrático que o julgou e condenou democraticamente;
– que legitimou moralmente os crimes fiscais da sucessora e afilhada política, Dilma Rousseff, com a mentira de que as chamadas “pedaladas” foram destinadas a pagar programas sociais como o Bolsa Família, quando, na verdade, elas bancaram grandes empresas e produtores rurais, segundo os próprios dados do BNDES e do Banco do Brasil enviados ao jornal Folha de S. Paulo;
– cuja sucessora e afilhada teve suas contas públicas reprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), mentiu para a população cometendo uma série de estelionatos eleitorais e ainda quebrou o país, após ter sido eleita e reeleita com dinheiro supostamente roubado da Petrobras no esquema montado no governo do padrinho e continuado durante o seu mandato;
– que, apesar das prisões de seus amigos, companheiros e contratantes; das citações de seu nome e de seus parentes nas investigações dos escândalos de corrupção; do depoimento do doleiro Alberto Yousseff para quem ele sabia de tudo do petrolão; e de mais um monte de passagens nebulosas de sua biografia que não caberiam no presente questionário, sempre alega descaradamente que não sabia de nada, enquanto tramagolpe atrás de golpe para salvar a própria pele?
a) Sim, eu votaria.
b) Não, eu não votaria.
c) Não sei.
2) Você acredita que um político com o currículo acima deveria ser:
a) Candidato à presidência em 2018;
b) Investigado e, de preferência, preso pela Polícia Federal;
c) Não sei responder.
* Assista também aos vídeos especiais:
– Lula e José Dirceu
– Lula e Luciano Coutinho
Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Bem-vindo a
Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
© 2024 Criado por Textile Industry. Ativado por
Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!
Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI