Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O placar da infâmia informa que o silêncio faz hoje 189 dias

REYNALDO ROCHA

189 dias! A gente não pode se acostumar com isto. Não é só uma numeração crescente neste blog. É muito mais.

A contagem, impiedosa como são as que se baseiam em verdades, continua a acrescentar escárnio ao escândalo.

Hoje o placar da infâmia informa que o silêncio faz 189 dias. Quase sete meses! E ninguém duvida que chegaremos a sete, oito, nove…

Um processo iniciado pela Polícia Federal com base em provas mais que robustas (incluindo escutas telefônicas e acesso a e-mails), envolvendo duas dezenas de criminosos (entre os quais pode estar Lula) não chegou ao fim.

Durante as investigações, a PF trabalhou com presteza e isenção. Fez o que dela se espera. Depois que se soube da extensão dos tentáculos do polvo indecente, o ritmo caiu extraordinariamente. Quase um carro estacionado em plena corrida de F1.

O que terá ocorrido? As ameaças da amante de Lula foram suficientemente fortes para que a blindagem fosse elevada a questão de estado? Ou a PF está em dúvida quanto às acusações que originaram o inquérito policial? Faltam provas ou sobram ameaças?

Rosemary não tem como se esquivar de um processo criminal. As provas são tão fartas que chegam a ser repetitivas. Corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, enriquecimento ilícito, estelionato, etc. O teor dos e-mails é claro e objetivo. E custa a crer que também não existam gravações telefônicas com referências de Rose a quem apresentava como seu namorado.

Não creio que houve troca de mails entre ambos. Desconfio da capacidade de leitura e de escrita do destinatário. Mas telefonemas devem ter existido.

Quem visitava o amante no hospital (na ausência da esposa oficial) certamente se comunicava com o mesmo. Até para saber dos horários adequados para tais visitas.

Até quando a contagem que revela o mutismo (que equivale a confissão!) de Lula estará sendo a mesma da não pronúncia de Rosemary? A liberdade de que ela goza hoje não estará sendo usada para ─ contra a lei ─ ocultar provas ou intimidar testemunhas? Não é este um dos requisitos para a prisão, em nome da garantia da investigação isenta?

Onde estão o Ministério Público e a Polícia Federal? Como justificam o silêncio e a inação?

De Lula entendemos (e não aceitamos) o silêncio. É comum vermos “malfeitores” (usando a novilíngua de Dilma) calar-se para não se incriminarem. É uma garantia constitucional.

Os homens da lei é que não podem e não devem estar submetidos a esse voto de silêncio ou de esquecimento.

Quanto tempo ainda teremos que esperar para que a Justiça faça o que é mandatório? Que o inquérito concluso seja enviado ao MP. Com as conclusões devidas para o prosseguimento da ação penal.

Quem sabe neste momento o amante não socorra a amante?

Teríamos enfim uma palavra do homem que dizia amar a galeguinha e usava nosso dinheiro para ser amante da espertinha.

Se eles (e todos os outros) não têm vergonha na cara, lembrem-se que nós, que bancamos as contas deste relacionamento pessoal bancado com verbas públicas, temos! E exigimos uma ação da Justiça.

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/secao/feira-livre/

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