Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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O poder da marca: a força das grifes na 17ª Minas Trend

Realizado em Minas Gerais, o salão de negócios da indústria da moda teve grandes desfiles esta semana. A CRÍTICA reuniu os melhores momentos

Lino Villaventura fez sua estreia com uma coleção dominada pelo preto e branco

Lino Villaventura fez sua estreia com uma coleção dominada pelo preto e branco(Divulgação)

A crise econômica que atravessa o País não passou despercebida pela 17ª edição do Minas Trend, considerado como o principal Salão de Negócios da indústria da moda no Brasil. Mas organizadores e estilistas trataram de minimizar a sua passagem e costuraram um discurso de positividade diante do cenário atual. Para eles, é hora de arregaçar as mangas e buscar o fortalecimento do setor por meio do poder das marcas.

Em entrevista durante o evento, que aconteceu no Centro de Convenções Expominas, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Olavo Machado Junior, declarou que é preciso acreditar no crescimento e continuar investindo.“As pessoas continuam consumindo, continuam vestindo, gostando do que é bonito e do que é confortável. Acreditamos que em vez de lamentar, devemos mostrar aos consumidores que eles devem apreciar o que está aqui”, disse ele.

E o discurso de Olavo foi alinhavado pelos estilistas que participaram desta edição Outono-Inverno 2016. “Tudo é questão de você definir e focar o que quer atingir. Meu último desfile foi o Inverno 2015 do São Paulo Fashion Week. Este ano fiquei ausente de passarela porque é o momento de focar e investir no produto. Eu estou trabalhando, por exemplo, com quatro designers novos na parte de estamparia, e na de estilo dois novos estilistas estão me ajudando. Então eu acho que é a hora da coleção vir com força, da gente expor bons produtos nas araras para que possamos dar aos nossos clientes armas para sobreviver a essa crise”, afirma o estilista mineiro Victor Dzenk, que ficou de fora do line up de desfiles, mas expôs no Salão de Negócios.     

Estreia

Quem fez sua estreia nas passarelas do Minas Trend este ano foi o estilista Lino Villaventura. Com 33 anos de carreira, o paraense de nascença e cearense de coração foi a principal estrela do evento mineiro, atraindo o maior público para área de desfiles do Centro de Convenções Expominas. Aqui ele economizou apenas na teatralidade da performance e excentricidade das peças, entregando um vestuário mais urbano.

Para esta coleção, os tecidos usados foram o algodão, a cambraia, a tricoline e a malha de seda. Os bordados não ficaram de fora, mas apareceram mais comedidos e pontuais. O preto e branco surge com destaque, em blocos monocromáticos, com pegadas pontuais de cores fortes.“Fiz umas roupas mais sedutoras, em um trabalho mais casual, mais com muitos detalhes e esmero. Eu acho que é aquela roupa que você seduz pela vontade imediata de ter e de vestir. Uma roupa mais fácil, mas ao mesmo tempo com muita qualidade e muito detalhe”, declarou Lino logo após o desfile.

“A crise no País, que afeta a vida de todo mundo, não tira a minha vontade de continuar fazendo meu trabalho da maneira como sempre fiz, ou seja, movimentando uma pequena indústria ao mesmo tempo em que preservo o trabalho manual. Isso gera muito emprego. Assim você consegue manter uma mão de obra, cada vez mais escassa, além de conservar uma cultura do País, que são os bordados manuais”. 

Sob o holofote

Outro que chamou a atenção nesta edição do Minas Trend foi o estilista mineiro Lucas Magalhães, que ano passado passou a fazer parte do grupo criado por sua conterrânea Patrícia Bonaldi. Formado em Design Gráfico pela Universidade Federal de Minas Gerais, Lucas fez um retorno às suas origens ness coleção. O tricot, o couro e a alfaiataria formaram a base de seu trabalho. O couro apareceu como novidade da marca.

“Eu venho de um universo muito gráfico. Por isso trabalhei na busca por essa essência, do início da carreira, das primeiras coleções, mas com uma pesquisa focada em artistas contemporâneos. Essa ideia de fazer tricô gráfico é bem interessante. As possibilidades de maquinários facilitam o teu trabalho”, pontuou. “A gente acaba trabalhando para um nicho que procura um produto com qualidade e identidade”.

Destaque

“A força de quem faz” foi o tema da temporada Outono –Inverno 2016 do Minas Trend. A temática reafirmou o trabalho artesanal como principal atrativo da moda mineira, prestando grande homenagem ao ofício criativo.

*O jornalista viajou a convite da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais

http://acritica.uol.com.br/vida/marca-forca-grifes-Minas-Trend_0_14...

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