Fonte:|dci.com.br|
SÃO PAULO - Começam a desambarcar em Pernambuco as máquinas para o Complexo Indústria Portuário de Suape, o pólo integrado de poliéster da América Latina no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Ipojuca, Pernambuco. O projeto será formado pelas empresas PetroquímicaSuape e Citepe (Companhia Integrada de Têxtil em Pernambuco). O investimento de R$ 4 bilhões e teve o apoio do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento.
"O principal objetivo é atender a demanda interna. Este pólo irá servir para auxiliar na diminuição da importação do segmento têxtil", explica o gerente de relações externas do Pólo, Augusto Frank Caldas.
A produção deve começar efetivamente no início de 2011. O local terá a capacidade de produzir 750 mil toneladas/ano para a produção do PTA, principal matéria prima para a produção de poliéster, material utilizado na fabricação de tecidos e embalagens PET, filmes e outros produtos industriais.
A integração da cadeia nacional de poliéster será totalmente consolidada com o fornecimento do paraxileno pelo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a partir de 2014. O paraxileno é o principal insumo para a produção do PTA.
"Até o momento já temos R$ 1 bilhão de assinados que demonstram o interesse de empresas que estão localizadas no Brasil a importar menos e comprar do mercado interno", enfatiza.
Empresas
Uma das companhias que confirmou o interesse foi a Karsten que recente comprou a Trussardi. Ambas fabricam produtos para cama, mesa e banho.
" Sim temos a intenção de comprar do pólo e aumentar nossa participação percentual no mercado interno na compra de fios de algodão", afirma o Gerente de Compras de importação Karsten Mauro de Oliveira Ferraz.
Até o final deste importaremos U$ 8 milhões de contra U$ 6 milhões no ano anterior.
"Hoje 80% das nossas compras é feita na China e Ásia e 20% no mercado nacional", explica Ferraz.
A Teka, uma das maiores fabricantes de artigos de cama, mesa e banho da América Latina também afirma o interesse em comprar do mercado interno, porém espera para ver se o preço será tão competitivo quanto da China e Ásia.
"Atualmente nossas compras são feitas na China e na Ásia. Algo em torno de 5% a 8%. Este projeto vai incentivar nós a comprarmos no mercado interno, porém precisamos saber a que preço esse fio vai ter para o mercado interno", explica o vice presidente da Teka,
Marcello Stewers.
Segundo Stewers., a companhia teve um faturamento de R$ 400 milhões em 2009. Este ano a empresa deve importar cerca de 8% de matéria-prima de de países como China e Ásia e deve exportar para América Latina, Estados Unidos e Europa cerca de 12% da produção. Em média a empresa produz 20.400 mil toneladas por ano e pode chegar 30 mil toneladas/ano , caso seja necessário.
Mercado
Hoje o segmento têxtil projeta alcançar um faturamento total da indústria de U$ 51 bilhões. No ano passado o número foi de U$ 49 bilhões.
" Este ano o mercado voltou a dar sinais de aquecimento. Os eventos mundiais auxiliam também o nosso segmento", explica o diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção ABIT, Fernando Pimentel
Até dezembro de 2009 o Brasil tinha importado principalmente da China e Ásia US$3,460 milhões.
"O pólo é um dos meios de diminuir a importação no Brasil de matéria prima para o segmento têxtil", enfatiza o diretor superintendente da ABIT.
Ele alerta sobre o alto índice de produtos asiáticos e chineses : "se o Brasil não adotar um regime forte de competitividade e investir em infraestrutura e produção. Poderemos assistir a tomada do mercado chinês", explica.
Ele ainda complementa que outras formas de diminuir essa dependência.
"Temos que começar a na realização de acordo com as principais países internacionais para termos força no mercado", explica.
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