Criada por Beto Rogoski (ex-VML) e Letícia Meira (ex-Leo Burnett), oferece alternativa modelos CLT e PJ e mira reconhecimento de talentos.
Com a intenção de apresentar uma terceira via de modelo de contratação, que não é CLT, tampouco PJ, os publicitários Beto Rogoski e Letícia Meira tiveram a ideia de montar uma cooperativa de serviços de comunicação e marketing chamada Coletiv. A eles também se uniram Fabiano Pinel, diretor executivo de criação, e Renata Luzzi, a diretora de negócios.
Comuns em outras indústrias, as cooperativas são, por definição, organizações associativas em que não há dono: os envolvidos empreendem em conjunto e os lucros líquidos gerados são divididos de maneira igualitária entre todos os associados.
Ex-diretor executivo de criação da VML, Rogoski conta que ele e Letícia pesquisaram a existência de cooperativas no setor publicitário brasileiro e se deram conta de que esse era, até então, um território inexplorado no País. “Vários profissionais liberais, como arquitetos, já montaram cooperativas por aqui. Nos EUA existem algumas cooperativas de publicidade, mas voltadas a defender causas.
No Brasil, existem 6 mil cooperativas e 21 milhões de pessoas são cooperadas”, estima. Depois de se aprofundarem nos mecanismos de cooperativas bem-sucedida em diversos segmentos, a dupla levou nove meses para preencher todas as etapas de documentação exigidas pela política nacional de cooperativismo.
“Fizemos tudo isso para garantir que fôssemos uma cooperativa de verdade, não um hub ou banco de freelancers”, comenta Letícia, ex-vice-presidente de negócios e operações da Leo Burnett.
Um dos propósitos centrais da Coletiv é a de fazer o dinheiro chegar às mãos das pessoas que realizam, de fato, o trabalho para as marcas.
Empresas como Gupy, Noahtech, Cogecom e Só da noix são alguns dos primeiros clientes da cooperativa, que reúne um time de profissionais como Adriana Scalabrin, Danielle Bibas, Roland Berger e Tiago Trindade.
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