Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Muitas vezes, no movimento automático de preservação dos nossos talentos, negligenciamos o que precisamos aprimorar.

(Crédito: Adobe Stock)

Pare e pense: será que as habilidades profissionais que te trouxeram até aqui vão te levar até onde você quer chegar?

Calma, vou explicar. Este ano estou completando 20 anos de empreendedorismo. É claro que durante essa jornada tive amigos, familiares e advisors com quem pude trocar sobre as minhas dúvidas e que me ajudaram muito no desenvolvimento da minha carreira.

Mas esse ano eu queria mais. Precisava mergulhar profundamente no meu momento profissional para poder me rever e, claro, entregar uma profissional melhor para os meus pares, stakeholders, colabaradores e, por que não, para mim mesma. Afinal, a cada degrau mais alto que atingimos na organização, mais carente de feedback ficamos.

Essa posição solitária, que muitos líderes precisam conciliar, me fez buscar essas respostas em um programa para desenvolvimento de lideranças na London Business School.

Foi aqui que essa pergunta elementar foi feita por Herminia Ibarra, professora do Charles Handy de Comportamento Organizacional. Ela nos questionou se os skills que nos trouxeram até aqui nos levariam até onde realmente planejamos chegar.

É claro que a cada êxito, prêmio, promoção e reconhecimento na nossa carreira mais nos apoiamos nos nossos talentos, nos fortalecendo como profissionais. Porém, muitas vezes, nesse movimento automático de preservação negligenciamos o que precisamos aprimorar, nos apegando somente às nossas fortalezas.

E o perigo reside exatamente nesse estágio! Porque à medida que progredirmos nas nossas atividades, atingindo cargos mais sêniores, outras habilidades, que não foram as que nos trouxeram até aqui, nos serão exigidas.

É claro que nunca deixaremos de ser o que somos – carregamos em nós nossas experiências profissionais. Entretanto, o aprendizado está em nos lançarmos ao novo e sairmos da rotina.

Os próximos largos passos, ainda segundo Herminia Ibarra, podem nos ajudar a sair da caixa e avançarmos na prática. São eles:

– Ao redefinirmos os nossos papéis – com mais estratégia – colaboramos para reinvenção de um coletivo ainda mais criativo. Para isso, precisamos desenvolver, engajar nossos talentos e oferecer autonomia para que eles possam atuar nas problemáticas diárias. Com uma relação de confiança fortalecida, as performances tendem a melhorar e crescer.

– Ao invés de repetirmos sempre a mesma agenda do mercado, por que não nos aventuramos em eventos que vão além do trade e que podem ampliar nossa network e conhecimento? Com certeza, nossas conexões se multiplicarão e muitos negócios se potencializarão.

– Na maioria das vezes, as soluções dos nossos problemas levam dias para serem elaboradas. É aí que surgem as oportunidades e, de repente, inovarmos. Logo, acredito que todos os desafios que enfrentamos e nos levaram até aqui também são propulsores para continuarmos vencendo.

– Por fim, não precisamos levar a vida tão a sério, até porque com o nível de senioridade que temos, já sabemos que as “bombas” virão. Então, por que não apenas respirar para aproveitar o ambiente de aprendizado? Sim! Existe beleza em se sentir vulnerável com um background de sucesso consolidado.

Eu sei que não existe fórmula de sucesso e que qualquer mudança de atitude demanda tempo para ser vivenciada. Mas a chegada de uma nova perspectiva me trouxe um novo panorama do que preciso desenvolver para poder continuar evoluindo.

https://www.meioemensagem.com.br/womentowatch/o-que-te-trouxe-aqui-...

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