Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

A curto prazo as medidas são duras, mas a médio e longo prazos a tendência é de melhora. Quem fizer bem o dever de casa no varejo vai superar a crise

 

Em tempos de crise e superação, lembro dos meus tempos de varejista e os desafios enfrentados num contexto de inflação alta e incertezas. Estou falando dos anos que antecederam o plano real e a estabilidade econômica, que podem nos servir de aprendizado e trazer exemplos de negócios bem sucedidos.

Naquele tempo, como agora, fatores contaram para que alguns negócios do varejo pudessem ter sobrevida e seguissem em frente. Cabe ressaltar que estes fatores não são uma fórmula, mas sim pontos que acredito serem imprescindíveis ao sucesso de qualquer negócio, inclusive em tempos de bonança.

Gestão

“Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia (William Edwards Deming).” Isso resume tudo.

Você precisa conhecer aquilo que faz, no que está envolvido, como seu negócio está sendo gerido. Vivemos tempos difíceis, onde ser eficiente e eficaz, necessariamente não garante o sucesso.

Redução de despesas, renegociação de aluguéis e com fornecedores, são assuntos de pauta. Nas renegociações valorize suas boas parcerias comerciais.

Existem ainda outros elementos que pertencem ao mercado, concorrência e consumidores, que você não controla. E se você não tem conhecimento do seu próprio negócio, o futuro, neste caso, torna-se sombrio.

Foco

O momento é de focar naquilo que você sabe fazer bem e entrega com qualidade a preço competitivo. E tem que mostrar valor. O momento do consumidor é de escolhas certeiras. Se houver inovação, melhor ainda. Quem não quer algo novo e estimulante?

Desfocar do core business que você entende, domina, é arriscar num momento em que os mercados estão se ajustando. É andar em campo minado. A não ser que você tenha uma informação valiosa, mas estamos falando de varejo e não de bolsa de valores.

Focar permite que a equipe esteja voltada as metas, a proposta de valor, atenta aos movimentos do mercado e inserida no debate de como fazer mais com menos, e melhor. Foco total, afinal, as oportunidades serão escassas.

Atendimento

Sempre acreditei que atendimento faz a diferença em qualquer tempo, em qualquer negócio. E no varejo ele é extremamente decisivo. O momento é de erro zero.

O cliente precisa entrar, ficar e depois voltar, e para isso, vale tudo, de mimos a benefícios. A conversão do cliente no ponto de venda tem que ser total. Online ou off-line. Tudo é válido, menos não cumprir a promessa de marca.

Empatia, preparo, acolhimento, consistência e muita informação sobre o seu cliente, produto e mercado. Isso pode se tornar o grande diferencial competitivo do negócio, além de fonte de receita, e quem sabe, sobrevivência.

Em suma: sua equipe pode ser o grande ativo para enfrentar este momento de incertezas e fazer a diferença.

Liderança

Tempos de incertezas, mais do que nunca, necessitam de líderes autênticos, comprometidos, focados e envolvidos com a equipe e o negócio. Não há espaço para improviso. Decisões difíceis precisarão ser tomadas.

Líderes assumem o papel de energizar a equipe, manter todos unidos, focados, com o debate afiado e com os pés no chão, sem que haja perda da capacidade de inovar e se diferenciar.

Líderes são tudo o que precisamos neste momento em que, pessoas e mercado, estarão sensíveis e pouco suscetíveis. Eles permitem uma visão de futuro e trazem doses de otimismo necessárias ao espírito das pessoas e aos negócios.

Planejamento

A curto prazo as medidas são duras, mas a médio e longo prazos a tendência é de melhora. Ou seja: quem fizer bem o dever de casa colherá no futuro o retorno do consumo, num mercado mais estável e maduro. Lembre-se: retraído ou não, o mercado continua lá, e um dia vai voltar.

Pense também que os grandes varejistas tem enfrentado, em boa parte, a crise de forma saudável. Eles tem mantido seus  em 2015, com ajustes, apostando a médio e longo prazos. E ainda temos o e-commerce, que continua crescendo, mesmo que a taxas menores.

Enfim, apesar de realista, minha mensagem torna-se otimista, quando, lembrando os pontos acima, vejo que o varejo tem condições de superar a crise.

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por Ricardo Guinâncio 

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