Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Oportunidades e desafios na Índia

Estudo do BID oferece subsídios para que a América Latina possa aproveitar todo o potencial do país

Enquanto que as atenções seguem voltadas quase que exclusivamente para a China, país que tem apresentado impressionantes taxas de crescimento na última década, um estudo do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) nos convida a olhar mais atentamente para um outro gigante asiático - a Índia. Com um perfil de consumo bastante semelhante ao chinês e igualmente desprovida de recursos naturais abundantes, a Índia representa um desafio e também muitas oportunidades não apenas para o Brasil, mas para toda a América Latina.
O estudo Índia: lições, oportunidades e desafios para o Brasil e a América Latina foi realizado pelo BID em parceria com o Instituto para a Integração da América Latina e Caribe (Intal) e com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O objetivo é oferecer subsídios para que a região esteja preparada e possa aproveitar todo o potencial que a emergência da Índia oferece nas áreas de comércio, investimento e cooperação.

´Tanto o Brasil quanto a América Latina não estavam preparados para a emergência de um país como a China e foram pegos desprevenidos. Com a Índia, abre-se uma nova janela de oportunidades para exportação de manufaturados, alimentos e minérios, então é preciso entender o que está acontecendo para não passarmos pelos mesmos problemas`, justifica o economista principal do setor de Integração e Comércio do BID, Maurício Mesquita Moreira.

Maurício destaca que a Índia vem crescendo a taxas de 6% a 8% ao ano há mais de duas décadas e que soube aproveitar como ninguém a onda de reformas liberais ocorrida nos anos 1990. ´Os resultados vieram de forma rápida e são bastante positivos. A economia decolou, puxada principalmente pelo setor de serviços, com 60% da receita, e pelas TICs (tecnologias de informação e comunicação)`, avalia o economista.

A Índia tem apresentado crescimento acelerado, elevados índices de investimento e poupança e alta produtividade. Os investimentos, por exemplo, chegam a 35% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto que no Brasil não alcança 20%. O gigante asiático elegeu entre suas prioridades a educação de elite (sobretudo engenheiros) e a criação de institutos tecnológicos, regadas a uma forte intervenção estatal. ´São lições importantes. Não tem mágica, o que tem é um histórico de fundamentos`, diz Maurício.

Para quem acha que a Índia está distante da realidade pernambucana, basta lembrar que a Reliance, maior grupo privado da Índia, tem acordo de cooperação técnica com a PetroquímicaSuape, complexo com três unidades (PTA, PET e fios de poliéster) que está sendo erguido em Suape. A Petroquisa, subsidiária da Petrobras e dona de 100% do empreendimento, corteja a parceira para que ela também se torne acionista. Em 2008, o governador Eduardo Campos chegou a visitar uma unidade da Reliance em Hazira e a sede da empresa em Mumbai.


FONTE: http://www.diariodepernambuco.com.br/2010/12/05/economia12_0.asp

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