Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
Spin-off de grupo bilionário argentino, empresa aposta em nuvem, IA e dados para conquistar mercado latino.

Com raízes em um dos maiores grupos de mídia da América Latina, a Overlabs surge com o propósito ousado de se tornar referência em soluções tecnológicas desenvolvidas localmente, capazes de competir globalmente. Nascida de um spin-off do grupo argentino Werthein, que controla marcas como Sky e DirecTV, a empresa tem como missão se tornar uma provedora independente de tecnologia para empresas e governos.
Com operações no Brasil, Argentina e Estados Unidos, a Overlabs quer acelerar a transformação digital das empresas latino-americanas em nuvem, dados, inteligência artificial (IA) e infraestrutura digital, sem abrir mão da identidade regional e da execução eficiente.
Quem lidera essa expansão é o brasileiro Rodrigo Regente, vice-presidente de vendas da Overlabs, e responsável por desenhar o plano de crescimento da empresa no continente. Formado em tecnologia e com passagem por gigantes como Oracle, Teradata e Sybase, Regente acumula mais de 20 anos de experiência em vendas complexas.
“Cheguei com a missão de estruturar tudo: times, cultura, processos, ofertas e relacionamento com o mercado”, afirma. A Overlabs tinha 400 funcionários, a maioria ainda alocada em empresas do grupo, e nenhuma atuação direta fora dele. A meta inicial era conquistar cinco clientes no primeiro ano. Poucos meses depois, o número já chegou a seis.
A companhia, revela o executivo, vem se posicionando como uma alternativa a grandes integradoras globais, oferecendo o que ele chama de serviços de alta qualidade com preços competitivos. “Nosso foco é na execução. Queremos ser reconhecidos pela experiência e pelo resultado entregue, não pela amplitude do portfólio”, resume o executivo.
Em seu primeiro ciclo de expansão, a Overlabs firmou cerca de 15 parcerias tecnológicas, incluindo Oracle, Google e Amazon, além de fornecedores de observabilidade e automação. Parte da estratégia da companhia envolve o desenvolvimento de produtos próprios, o que reduz a dependência de terceiros e fortalece a autonomia técnica.
O plano dos próximos cinco anos inclui atingir US$ 500 milhões em faturamento e consolidar a Overlabs como uma das principais operações independentes de tecnologia da América Latina.
Regente acredita que o crescimento sustentável do negócio passa por um novo modelo de gestão, que ele chama de liderança construtiva, união entre alta exigência e genuíno cuidado com as pessoas. “Alta performance não nasce da pressão, mas da clareza e do pertencimento”, afirma.
O estilo reflete a cultura que ele vem cultivando na Overlabs que inclui autonomia com responsabilidade, meritocracia transparente e aprendizado contínuo. “Empresas de tecnologia vivem um dilema constante entre crescimento e sustentabilidade. O segredo está em equilibrar execução com cultura e manter as pessoas no centro.”
A trajetória de Regente ajuda a explicar o apetite da Overlabs por crescimento. Depois de iniciar a carreira em marketing, ele passou pela Nielsen e pela Diageo, migrou para a área comercial em 2001 na PHD Brasil e, após um período de estudos na Austrália, trabalhou em empresas como Sybase, Teradata e Oracle. Na V8, última casa antes da Overlabs, foi vice-presidente e ajudou a escalar a operação de 80 para 400 funcionários.
Agora, sua ambição é provar que a América Latina pode exportar tecnologia, não apenas talento. “A inovação tem sotaque”, afirma. “E o nosso é latino. Temos talento, mercado e propósito. O que faltava era acreditar que podíamos liderar o jogo.”

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