Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A exemplo do que já ocorre em outros países, tamanhos P, M e G saem de cena e entram as medidas


Uma roupa sob medida para o brasileiro. Os tamanhos P, M e G saem das etiquetas e entram em cena as medidas: altura e perímetro (linha que delimita determinada área) do tórax e da cintura. A mudança faz parte das novas normas de padronização definidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Iniciou com a moda infantil, bebê e infanto-juvenil. Até julho entram as roupas masculinas, que devem adotar os padrões atlético, normal e especial. As mulheres vão esperar mais um pouco para deixar de se culpar por não entrar num tamanho P. A novas etiquetas das roupas femininas só devem entrar no mercado no fim do ano.

A falta de um padrão de roupa no Brasil faz com que cada fabricante use uma medida diferente nas suas peças. Dor de cabeça para o consumidor que tem de entrar e sair várias vezes do provador, e para o lojista que deixa de vender novos produtos para fazer as trocas. Com um detalhe: o Código de Defesa do Consumidor (CDC) só obriga a troca por defeito ouvício. A substituição por tamanho é uma liberalidade do lojista para cativar o cliente. Mais um motivo para os consumidores cobrarem a adesão dos fabricantes, porque a adoção das normas da ABNT é opcional.


O grande nó para o mercado é definir as medidas do vestuário feminino. Foto: Juliana Leitão/DP/D.A Press - 12/4/07
Maria Adelina Pereira, superintendente do Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário (ABNT/CB-17), explica que a norma técnica (NBR 15800) cria o conceito de vestibilidade. Embora seja opcional a adoção pelos fabricantes de roupas, a técnica da ABNT aposta na adesão porque a padronização dos tamanhos poderá trazer vantagens competitivas para as confecções e os lojistas. ´Aqui no país existe grande queixa das lojas e consumidores. A iniciativa da ABNT surgiu porque as lojas se sentiram prejudicadas com a alta incidência da troca de vestuário por problemas de tamanho.`

A padronização por medidas vai facilitar as vendas de roupas pela internet. Segundo Maria Adelina, muitos consumidores ficam inseguros de fechar um pedido sem provar a peça. Sem contar que a troca de uma compra on-line pode ser tornar onerosa para o comprador e o vendedor. A loja on-line da Demillus (www.demmillus.com.br) já disponibiliza as medidas para roupa íntima feminina. Por exemplo: se a mulher quiser comprar um sutiã basta medir embaixo do busto e o busto. No caso da calcinha e cinta devem ser medidos a cintura e o quadril.

A aceitação do padrão por medidas começou com as roupas infantis. A confecção YKZ de São Paulo, que produz moda infantil e uniforme escolar, já adotou a nova etiqueta com medidas desde dezembro de 2009. ´Quando cada empresa usa um padrão diferente gera insegurança no cliente em relação ao seu tamanho. Fizemos ajustes na nossa modelagem seguindo as normas da ABNT. Hoje temos a roupa infantil e os uniformes associando a medida ao padrão do corpo da criança`, diz Roberto Yokomizo, diretor da YKZ.
FONTE: DIARIO DE PERNAMBUCO

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Comentário de Textile Industry em 6 fevereiro 2011 às 23:38

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