Menos 1,3 milhão de proprietárias
Do 3º tri de 2019 para o 3º de 2020
As mulheres ganhavam espaço no empreendedorismo brasileiro, mas a pandemia interrompeu esse processo. De abril a maio de 2019, 34,5% de todos os negócios tinham mulheres como proprietárias. No mesmo período de 2020, o percentual caiu pela 1ª vez em 4 anos e ficou em 33,6%.
Em números absolutos, cerca de 1,3 milhão de brasileiras deixaram de ter um negócio próprio entre o 3º trimestre de 2019 e o 3º de 2020. Os dados constam em estudo do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) divulgado na 5ª feira (14.mar.2021). Eis a íntegra (1.003 KB).
O infográfico abaixo apresenta a evolução tanto do número quanto do percentual de mulheres com negócios próprios. Passe o cursos do mouse para visualizar os valores:
O Estado onde as mulheres têm mais espaço é o Sergipe: comandam 39% dos negócios. Já Rôndonia tem o menor percentual: 25%.
No recorte regional, há proporcionalmente mais mulheres empreendendo no Sudeste (43%). Tanto no Norte como no Centro-Oeste, apenas 8% dos empreendimentos são de mulheres.
Roraima é o Estado com menos mulheres donas de empreendimentos: 16.105. A maior concentração de empreendedoras está em São Paulo, com quase 2 milhões de mulheres chefiando negócios. Representa 23% do total.
As mulheres que possuem um empreendimento próprio são mais educadas e mais jovens que os homens do mesmo segmento; mas ganham menos e têm menos empregados. Em 49% dos casos, elas também são as chefes de suas famílias.
Leia alguns dos destaques da pesquisa:
Metade das empreendedoras estão no setor de serviços. Apenas 1% trabalha no ramo de construção.
Entre as mulheres que empreendem nos serviços, a maior parte trabalha com alojamento ou alimentação (25%). Em seguida estão negócios relacionados à educação onde elas são 16%. Apenas 6% dos homens dos servições estão no ramo educacional.
As empreendedoras, embora ganhem menos, tem as contas mais organizadas: 35% afirmaram que não possuem dívidas, contra 30% dos homens. A maioria das mulheres (51%) afirmam que não procuraram empréstimo para empresa desde o início da crise, enquanto 54% dos homens recorreram a esse recurso.
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