Uma coisa que tem chamado a minha atenção é a quase completa ausência do tema privatização nesse debate todo sobre os infindáveis escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras. Já escrevi aqui que não temos o Valão justamente porque a Vale foi privatizada, ou quase isso (o governo ainda interfere muito por meio dos fundos de pensão).
Na sessão de carta dos leitores do GLOBO de hoje, logo a primeira mensagem, em destaque, falava sobre isso:
O leitor Mário Filho está correto, claro. Países com o setor de petróleo nas mãos da iniciativa privada funcionam de forma muito melhor do que aqueles com estatais monopolistas. O “ouro negro” é ainda mais estratégico para os americanos do que para nós, mas nem por isso eles possuem uma PetroUSA ou algo do tipo.
Ao contrário: são mais de 30 empresas privadas no setor de óleo e gás competindo livremente. E por isso há tanto dinamismo e agora uma legítima revolução energética com o “shale gas” e a tecnologia de “fracking”, permitindo um salto de produção e a quase autossuficiência daquela região.
O PT tem culpa no cartório por ter montado uma quadrilha dentro da estatal, um verdadeiro sistema de corrupção. Mas só conseguiu fazer isso pois era uma estatal. E quase ninguém mergulha no cerne da questão no debate, disposto a abandonar velhos ranços ideológicos para debater como efetivamente resolver ou mitigar muito esse risco de corrupção na frente. A saída é privatizar, sem dúvida.
Rodrigo Constantino
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