Taxa de desemprego em mínimos de dois anos e recuo das forças rebeldes na Líbia estão a impulsionar os preços da matéria-prima.
Os preços do petróleo estão a valorizar nos dois principais mercados em que são negociados e já atingiram um valor que não tocavam desde o fim do Verão de 2008 em Nova Iorque.
O recuo da taxa de desemprego para mínimos de dois anos e a intensificação dos conflitos na Líbia são as justificações.
O crude de Nova Iorque segue a subir 1,2% para 108 dólares por barril, sendo que já não ultrapassava os 107 dólares desde 26 de Setembro de 2008.
“Não há nada que pare esta tendência de subida, o petróleo está a caminho dos 110 dólares”, explica Tom Bentz, do BNP Paribas, à Bloomberg. O brent do Mar do Norte está a valorizar 1,38% para 118,74 dólares. Este valor fica, ainda assim, abaixo do recente pico de 24 de Fevereiro, quando o contrato ficou a 21 cêntimos dos 120 dólares.
A diferença entre os contratos de futuro entre Londres e Nova Iorque está em 10,74 dólares, quando a 21 de Fevereiro estava no 19,54 dólares. O emprego nos Estados Unidos está a dinamizar o “ouro negro”.
O país acrescentou cerca de 216 mil postos de trabalho em Março, quando se esperava que conseguisse apenas somar 190 mil novos empregos. Mais emprego significa maior consumo o que, por sua vez, indica maior procura pelo petróleo.
Da mesma forma, a taxa de desemprego caiu de 8,9% para 8,8%, a mais baixa taxa nos últimos dois anos. Há quatro anos que a taxa tem vindo a cair, dado que anima os investidores da matéria-prima.
Na Líbia, as lutas entre os rebeldes e as forças de Kadhafi também impulsionam os preços do petróleo. Os primeiros têm recuado da linha da frente do conflito, já que o exército do líder Kadhafi tem conseguido avançar no terreno.
Em consequência, aumenta a pressão sobre uma possível interrupção do fornecimento de petróleo no Médio Oriente, já que a Líbia é apenas a janela com mais destaque numa região que vive uma enorme tensão.
FONTE: JORNAL DE NEGÓCIOS
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