Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Petróleo nos 117 dólares em Londres acumula ganho de 14% na semana

O petróleo segue em máximos do Verão de 2008, com os violentos protestos na Líbia a reduzirem as exportações do terceiro maior produtor de África e 12º a nível mundial.

Em Londres, o contrato de Abril do Brent do Mar do Norte, “benchmark” para a Europa, dispara 5,39% para 117,25 dólares por barril – o máximo desde Agosto de 2008 -, depois de já ter estado a negociar nos 119,79 dólares.

Desde o fecho de sexta-feira, nos 102,52 dólares, o Brent já subiu 14%. Se a conta for feita aos 120 dólares que roçou hoje, a subida acumulada desta semana é já de 17%. Esta é a quarta sessão em alta no mercado londrino.

Na bolsa de Nova Iorque, o crude de referência (WTI) para entrega em Abril avança 4,02% para 102,04 dólares por barril, também em máximos desde o Verão de 2008. Ao início da manhã, chegou a tocar nos 103,41 dólares, naquela que é a sexta sessão consecutiva em alta. No acumulado da semana, a valorização é de 18,3%.

Recorde-se que os máximos históricos do petróleo foram atingidos a 11 de Julho de 2008, quando o Brent se fixou nos 147,50 dólares e o WTI nos 147,25 dólares.

Hoje, às 16h de Lisboa, serão divulgados os dados relativos às reservas semanais de crude nos EUA. Os analistas inquiridos pela Bloomberg estimam um aumento médio de 1,1 milhões de barris na semana passada, o que, a confirmar-se, talvez alivie um pouco a subida dos preços.

As cotações do “ouro negro” têm estado a subir diariamente devido à contestação no Norte de África e no Médio Oriente, com o conflito na Líbia agora no centro das atenções. O líder líbio, Muammar Kadhafi, já perdeu alguns bastiões do país, mas continua a dominar Tripoli. Os EUA já fizeram saber que podem intervir para travar o banho de sangue.

A Nomura Holdings dizia ontem, numa nota de análise citada pela Bloomberg, que o petróleo poderá disparar para os 220 dólares por barril se a produção for suspensa na Líbia e na Argélia.

O Barclays Capital referiu que cerca de um milhão de barris por dia da produção diária da Líbia pode já ter sido suspenso e o Goldman Sachs estima as pertubações de fornecimento em 500.000 barris por dia.

Segundo o Goldman Sachs, o facto de a Líbia já ter tido que cortar parte da sua produção de crude cria um “risco de subida” dos preços, ao reduzir a capacidade da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de absorver uma escalada nas pertubações do fornecimento no Médio Oriente.

A Nomura salientou que, no caso de a Líbia e a Argélia suspenderem a produção de petróleo ao mesmo tempo, a capacidade extra da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) poderá ser reduzida para 2,1 milhões de barris por dia, nível semelhante aos que se observaram durante a Guerra do Golfo e quando os preços chegaram aos 147 dólares, em 2008.

Segundo a Agência Internacional da Energia (AIE), a OPEP tem uma capacidade extra (a chamada “spare capacity”) de cerca de cinco milhões de barris por dia.

FONTE: JORNAL DE NEGÓCIOS

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