Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Fonte:|diariodepernambuco.com.br|

São Francisco Têxtil // Unidade pernambucana receberá investimento de R$ 150 milhões em cinco anos, gerando 800 empregos diretos
Micheline Batista


Um dos dez maiores consumidores de poliéster do Brasil, a paulista Covolan Jeanswear, escolheu Petrolina, no Sertão de Pernambuco, para instalar uma nova tecelagem. A São Francisco Têxtil é o terceiro empreendimento que chega ao estado atraído pela PetroquímicaSuape, depois da Unifit, em Timbaúba, e a Neotexil, em Paulista. A unidade pernambucana receberá investimento de R$ 150 milhões em cinco anos, gerando 800 empregos diretos.


A empresa paulista Covolan já atua há sete anos em Petrolina com uma fiação de algodão, contando com 210 empregados, com produção de 150 ton/mês
A Covolan já atua há sete anos em Petrolina com uma fiação de algodão, contando com 210 empregados. O algodão é adquirido na Bahia. Toda a produção atual, 150 toneladas/mês, é enviada para a tecelegam do grupo que fica em Santa Bárbara d'Oeste, São Paulo. A expectativa é a de que esse volume suba para 1,5 milhão de toneladas a partir de outubro próximo. A unidade paulista foi fundada em 1966 e conta com 1,2 mil funcionários.

Já a tecelegam pernambucana deverá entrar em operação no fim de 2011 com metade da estrutura existente na fábrica paulista. Serão duas máquinas de índigo, 120 teares, duas urdideiras e duas sanforizadeiras. As máquinas de índigo estão sendo importadas da Itália, ao custo unitário de cerca de R$ 5 milhões.

"Essa indústria vai mudar a história de Petrolina. Assim como aconteceu em outras regiões, como Paraná, São Paulo e Espírito Santo, ela vai incentivar o surgimento de muitas confecções", disse ontem o diretor-presidente da Covolan Jeanswear, Jair Covolan, ao assinar um protocolo de intenções com o governo do estado.

Segundo o executivo, a São Francisco Têxtil irá precisar contratar muitos tecelões, tintureiros, químicos e operadores de máquinas de fiação. Para tanto, a empresa espera que o governo do estado consiga viabilizar a criação de cursos em Petrolina, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e outras entidades. A formação final será feita dentro da própria fábrica.

O grupo Covolan consome 1,4 mil toneladas de algodão e 400 toneladas de poliéster/mês. Essa última matéria-prima éimportada da China, via Porto de Santos, ao custo de US$ 2,80 o quilo. O material chega a representar 20% dos custos da empresa. "A PetroquímicaSuape foi um fator decisivo para instalação da fábrica em Petrolina. Para sermos competitivos, teremos que comprar esse insumo localmente por um preço de dez a quinze por cento menor", calcula o diretor Rafael Covolan.

A PetroquímicaSuape é um complexo formado por três plantas industriais - polímeros e fios de politéster, ácido tereftálico (PTA) e resina PET. O investimento total é de R$ 4 bilhões da Petrobras. A unidade de fios de poliéster atingirá plena potência em julho de 2011, produzindo 240 mil toneladas anuais.

O governador Eduardo Campos frisou que a São Francisco Têxtil ajudar a adensar a cadeia petroquímica e têxtil puxada pela instalação da PetroquímicaSuape, que na última sexta-feira iniciou a pré-operação de duas das 64 máquinas de texturização de fios de poliéster, em cerimônia que contou com a presença do presidente Lula.

"Pernambuco já foi um importante polo têxtil, chegando a empregar 20 mil pessoas. Essa nova indústria será uma referência para outras que vão chegar", discursou Eduardo. Ele lembrou que diversos municípios da Região Metropolitana surgiram em torno de fábricas têxteis, como Moreno, Camaragibe, São Lourenço da Mata e Paulista, além do próprio Recife, mas que fecharam as portas há pouco mais de 30 anos.

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