Com novos investimentos que aportam em Suape, a economia local apresenta um novo ciclo de expansão
Pernambuco foi o estado com maior crescimento econômico, com taxa acumulada de 9,4% (janeiro/novembro 2010). O resultado é um ponto acima do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, cujo índice foi de 8,4%, além de ser superior à Bahia, que cresceu 7%, e ao Ceará com taxa de 8,7% no período. O dinamismo da economia local foi puxado pela elevação de 11,2% da produção industrial, ultrapassando a média nacional de 11,1% e do Nordeste de 9,6%. O desempenho positivo refletiu no mercado de trabalho com o recuo da taxa de desemprego, que ficou em 8,4% na Região Metropolitana do Recife (RMR) em novembro.
A análise de conjuntura econômica no Brasil e Nordeste foi apresentada ontem pelos economistas da Ceplan (Consultoria Econômica e Planejamento). Os números revelam que, após a desacelaração provocada pela crise de 2009, a economia brasileira reagiu com crescimento de 6,7% do PIB entre o primeiro trimestre de 2009/2010. Pernambuco não fica atrás. Com os novos investimentos em Suape, a economia local apresenta um novo ciclo de expansão e deverá fechar 2011 com taxa de crescimento de 7%, superior a do Brasil, cuja projeção é de 4,5% e de 5,4% do Nordeste.
Segundo o economista Aldemir do Valle, a indústria de transformação alavancou o PIB, em especial nos maiores estados nordestinos (Pernambuco, Ceará e Bahia). Em Pernambuco a indústria cresceu 8,9% (3º trimestre/2010 - 3º trimestre/2009), taxa superior a média do Brasil, que foi de 8,3%. O Ceará cravou o maior crescimento do setor industrial com 14,7%, puxado pelos setores têxtil e calçadista. ´O bom desempenho é justificado pelos investimentos na Região Nordeste e pelo crescimento do salário mínimo real, que traz reflexos para a indústria de alimentos e bebidas`, assinala.
O dinamismo do comércio varejista confirma o ciclo virtuoso do crescimento econômico. Em cinco dos nove estados nordestinos as vendas cresceram acima da média do país. A economista Tânia Bacelar destaca que o consumo concentrado nos estados do Norte e Nordeste, maior que a média do Sudeste, é puxado peloaumento da renda, das transferências dos programas sociais e da ampla oferta de crédito.
O aumento da produção e do consumo refletiram no mercado de trabalho, com o recuo do desemprego. O destaque fica para Fortaleza, com a menor taxa de 5,3% em novembro pelo dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese. Recife tem a segunda menor taxa da região (8,4%). Segundo o economista Valdeci Monteiro, a expectativa é que o desemprego desacelere na RMR, diante da forte demanda de mão de obra em Suape.
Os economistas da Ceplan destacam ainda que, no acumulado de janeiro e novembro de 2010, Pernambuco criou 103 mil postos de trabalho com carteira assinada (Rosa Falcão)
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