Jornal do Commercio (Notícia publicada no dia 23/03/2009)
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Suape terá nova fábrica de PET
Publicado em 23.05.2009
Petroquímica Suape assinou contrato para montar uma unidade de produção de resina PET em Suape, elevando o investimento previsto em R$ 600 mi
Renato Lima
renatolima@jc.com.br
A Petroquímica Suape, empresa da Petrobras, assinou ontem os primeiros contratos de compra de equipamentos para a produção de resina PET, num valor próximo a US$ 67 milhões, confirmando de vez o investimento integrado em três unidades petroquímicas no Estado: a produção de fios de poliéster (POY), resina PET e uma matéria-prima para esses produtos, o ácido tereftálico purificado (PTA). Ontem, no Porto de Suape, chegaram as primeiras grandes máquinas para a construção da unidade de PTA da Petroquímica.
A unidade de resina PET faz o investimento da Petroquímica Suape subir R$ 600 milhões, sendo R$ 1 bilhão para a produção de poliéster e R$ 2,4 bilhões para o PTA, totalizando o expressivo valor de R$ 4 bilhões.
Inicialmente, o projeto foi pensado de forma separada. A Petroquisa, subsidiária integral da Petrobras, liderava a fábrica de PTA, uma matéria-prima que tem origem na nafta extraída do petróleo, e tinha participação na unidade de POY junto com um grupo de empresas da área têxtil, no que era chamado de Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe). Essa segunda sociedade não foi para frente e acabou sendo integralmente assumida pela Petroquisa, que unificou os projetos em uma única marca, a Petroquímica Suape. A fabricação de PET apareceu como uma forma de dar maior sinergia ao empreendimento e garantir mercado para a produção de PTA (usado tanto na fabricação de POY quanto PET).
O desembarque dos primeiros equipamentos foi acompanhado pelo governador Eduardo Campos e pelo secretário de Desenvolvimento Econômico Fernando Bezerra Coelho. O navio Industrial Destiny trouxe do Japão o reator de oxidação do PTA (um cilindro de 298 toneladas), dois equipamentos secadores do produto, 2 condensadores do reator além de acessórios. No total, os equipamentos custaram US$ 32,2 milhões, totalizando 1.255 toneladas, de fornecedores como Hitachi, TSK, Mitusi e Mitsubishi. Os equipamentos para a fábrica de PET virão da alemã Zimmer.
O governador comemorou a definição do projeto do PET. “Nossa preocupação é que todas essas coisas sejam agilizadas para que a gente tenha geração de oportunidades de trabalho e que esses projetos possam estar rodando o quanto antes”, afirmou.
As máquinas, entretanto, ficarão estocadas, já que chegaram antes da construção civil do empreendimento ficar pronta. No momento, a área que será ocupada pela produção de PTA está em obras, que estão sendo conduzidas pela Odebrecht, com trabalhos de estaqueamento, colocação dos blocos de fundação, oficina de apoio e construção de canteiro. Na área reservada para a produção do fio de poliéster, a pernambucana Triunfo está fazendo a terraplenagem. Idealmente, os equipamentos chegariam já para serem montados, mas a construção sofreu atrasos. No momento, 850 pessoas estão empregadas na construção da Petroquímica Suape, número que chegará a 5.300 no pico da obra. A previsão de término é para setembro do próximo ano. Quando estiver operando, a Petroquímica Suape vai gerar 1.800 empregos diretos. A unidade fica praticamente ao lado de outro grande empreendimento tocado
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