Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Por que histórias sobre empresas atraem a atenção do público?

Profissionais do audiovisual explicam por histórias sobre empresas vêm ganhando espaço entre as produções cinematográficas.

Apesar de o filme Piratas da Informática: Piratas do Vale do Silício, de 1999, ter chamado a atenção do público por contar os bastidores da rivalidade entre Steve Jobs, fundador da Apple, e Bill Gates, da Microsoft, foi somente uma década depois que produções cinematográficas focadas em histórias de empresas e seus fundadores passaram a brilhar sob os olhos da audiência.

Em 2010, o lançamento do longa A Rede Social – que conta a história de como Mark Zuckerberg, até então estudante de Harvard, fundou uma das maiores empresas de mídia do mundo, o Facebook, atual Meta – foi um marco neste sentido. Além dele, outros filmes, documentários e séries entraram para essa lista, como Coco antes de Chanel; Walt Antes do Mickey; Joy: o Nome do Sucesso; Steve Jobs; Fome de poder e A Vida e a História de Madam C.J. Walker.

histórias sobre empresasA Batalha pela Uber conta a trajetória de altos e baixos de Travis Kalanick, CEO do aplicativo de transporte Uber (Crédito: Reprodução)

Disparada das produções

Esse movimento de produções audiovisuais que mostram os bastidores da criação das empresas ou que relatam a vida de empresários ganhou ainda mais força nos últimos dois anos. Nesse período, a marca de luxo Gucci, por exemplo, ganhou um longa intitulado Casa Gucci, protagonizado por Lady Gaga e Adam River, contando a história da marca e as polêmicas em volta da Abercrombie & Fitch se tornaram o assunto principal do documentário Abercrombie & Fitch: Ascensão e Queda.

Também em 2022, a história de altos e baixos de Travis Kalanick, CEO do aplicativo de transporte Uber, virou a série Super Pumped – A Batalha pela Uber, assim como a minisérie WeCrashed, que acompanha a história do casal Adam e Rebekah Neumann co-fundadores da fornecedora de espaços de coworking WeWork, e a The Dropout, que narra história da empreendedora americana Elizabeth Holmes, fundadora da Theranos.

Curiosidades e bastidores

Mas o que há de comum em todas essas histórias que tem atraído cada vez mais a atenção do público? Na visão da diretora de publicidade da produtora O2 Filmes, Rejane Bicca, muitas pessoas imaginam que marcas ou empresas de sucesso foram criadas rapidamente, sem qualquer tipo de erro ou fracasso. “O que esses filmes e séries fazem é justamente contar os detalhes e ampliar os bastidores”, enfatiza.

As produções audiovisuais também conseguem se aprofundar nesses bastidores das criações das empresas, revelando como as decisões foram tomadas, os primeiros passos, os erros, os acertos, conforme salienta o produtor executivo da Pródigo, Chico Pedreira. “Tem muita dramaturgia para explorar. É um prato cheio para showrunners e roteiristas criarem cada vez mais produções sobre as marcas que mais fascinam e inspiram o público”, complementa.

Além de mostrar ao público os bastidores da fundação das empresas, o cinema é capaz de organizar essa narrativa, segundo Rejane, conectando pessoas curiosas pelo assunto e amantes das marcas, conquistando, assim, um público diferente. “Tem muita gente que será impactada pelo filme ou série ou que somente agora vai conhecer a marca. Este é o poder do cinema”. Para a diretora O2 Filmes, o principal motivo que tem levado ao aumento da produção de conteúdos audiovisuais com essa proposta é o momento em que a sociedade se encontra. “Chegamos ao momento em que algumas histórias podem ser contadas”.

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Caminho inverso

A diretora ainda nota uma movimentação ao contrário nessa dinâmica no Brasil, onde cada vez mais marcas estão procurando desenvolver conteúdos com linguagem cinematográfica em suas campanhas. “Elas [marcas] querem participar de outros momentos da vida do consumidor e não somente aquele em que impactam vendendo um produto ou serviço específico”, frisa.

Por sua vez, os consumidores/espectadores também querem cada vez mais se conectar com as marcas, principalmente com aquelas que têm uma missão clara e valores bem definidos, segundo Pedreira. O produtor enfatiza ainda haver espaço para as marcas serem seus próprios “canais de conteúdo”, o que ele prefere chamar de entretenimento de marca. Ou seja, a marca abraçar seu propósito, identificar sua audiência e entender como conectar essas duas pontas, produzindo minidocs, documentários e até mesmo séries e longas de ficção.

https://www.meioemensagem.com.br/midia/historias-sobre-empresas/

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