NAC atende MPEs industriais por todo país e explica como funcionam os financiamentos para exportação, onde e como solicitá-lo.
Para inserir seu produto no exterior é necessário planejamento e recurso financeiro. O financiamento para exportação pode te ajudar nisso, pois se trata de um recurso que pode ser utilizado na fase de pré-embarque, para a produção de bens, e na fase de pós-embarque, de comercialização dos itens.
“Podemos dizer que o financiamento para exportar é uma operação de crédito em que o banco adianta um montante específico para que o exportador possa produzir os bens e serviços a serem exportados. No Brasil, os empresários industriais usam mais a modalidade de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) e do Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE)”, explica a consultora do NAC na CNI, Maria Aparecida Bogado.
A Rede de Núcleos de Acesso ao Crédito (NAC), criada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), oferece atendimento gratuito pelas Federações Estaduais das Indústrias para sanar as dúvidas, orientar e incentivar a busca por crédito para demandas como essa de forma correta.
Em 2021, cerca de 11 mil pequenos negócios exportaram produtos ou serviços, dentro do universo de 30 mil empresas brasileiras. Isso significa que 40% dos empreendimentos desta categoria já vendem ao exterior, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Se ainda não pensou em vender seus produtos e serviços no exterior, saiba que a exportação é uma boa opção de diversificação porque quando uma empresa expande seu mercado para outros países, diminui os riscos do negócio que não fica condicionado apenas ao mercado nacional. É uma maneira, portanto, de aumentar a segurança na tomada de decisões, além de gerar receita em uma moeda mais forte do que a nacional.
A seguir, Maria Aparecida e a Agência de Notícias da Indústria respondem as principais dúvidas sobre financiamento para exportação:
Podemos dizer que o financiamento se refere a uma operação de crédito em que o banco adianta um montante específico para que o exportador possa produzir os bens e serviços a serem exportados.
Veja, a seguir, um exemplo de como funciona o fluxo de financiamento com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Para o financiamento à exportação existem as linhas de crédito oferecidas pelos bancos comerciais que operam câmbio, como o ACC/ACE, o pré-pagamento; bem como as linhas do BNDES Exim, tanto na fase de produção como comercialização; linhas operadas pelos bancos repassadores de recursos do BNDES, nas operações indiretas e o próprio BNDES, de forma direta, a exemplo do BNDES Exim Automático.
Há, ainda o Proex Financiamento e Proex Equalização, que possuem como fonte de recursos o Tesouro Nacional, sob gestão do Banco do Brasil.
O ACC/ACE são modalidades mais conhecidas por serem operações mais rápidas, menos burocrática e de fácil acesso.
O pré-pagamento é um financiamento para a exportação em moeda estrangeira, concedido por instituições financeiras no exterior antes do embarque da mercadoria ou da prestação do serviço.
Já o BNDES Exim e o Proex, requerem análise mais apurada e podem demorar um pouco mais, pela necessidade de apresentação de documentação e da tramitação na operação de crédito, principalmente quando se tratar da primeira operação do exportador.
O Programa de Financiamento às Exportações (Proex), é um importante instrumento da União que favorece às exportações brasileiras, principalmente as micro, pequenas e médias empresas.
O Proex Equalização é um mecanismo do Governo Federal que o dá suporte, arcando com parte dos encargos financeiros sobre a operação de financiamento à exportação para tornar as taxas de juros compatíveis com o mercado internacional. A empresa é beneficiada pela redução dos juros e a equalização é paga ao financiador da operação, sendo que o exportador não recebe diretamente a equalização.
No financiamento, um dos incentivos, a depender da operação, é a isenção de IOF - Imposto sobre Operações Financeiras, nas operações de crédito, além de contarem com taxas internacionais e adiantamento de até 100% das exportações.
As garantias exigidas são negociadas com as instituições financeiras e variam de uma instituição financeira para outra, mas geralmente as operações devem contar com garantias, mitigadores de riscos e carta de crédito.
Assim, podem ser exigidos: aval, fiança, carta de crédito emitida por instituição financeira no exterior autorizadas a operar com a instituição ou seguro de crédito à exportação.
Há ainda o Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos (CCR), da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI). O Convênio de Pagamentos prevê: ordens de pagamento; saques nominativos; cartas de crédito; créditos documentários; letras avalizadas; e notas promissórias derivadas de operações comerciais. Entre os países signatários do Convênio.
Outras garantias podem ser definidas na análise da operação.
Na Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN) empresários podem buscar apoio para exportar, com serviços que vão desde a participação em missões internacionais e preparação para exportar. Além disso, a Rede NAC, instalada nas Federação Estaduais das Indústrias, possui profissionais que oferecem todo o apoio na orientação em relação as melhores opções de crédito e financiamento para empresários industriais.
Todo mês, o NAC Responde, produzido pela Agência de Notícias da Indústria, tira as dúvidas mais frequentes de empresários e gestores na hora de buscar crédito para os negócios
“Por meio das orientações, o NAC facilita o acesso ao crédito de micros, pequenas e médias empresas industriais. O crédito é essencial para o funcionamento das empresas, seja para viabilizar novos investimentos ou para atender às necessidades rotineiras de caixa”, pontua o gerente de Política Econômica da CNI, Fábio Guerra.
Desde 2015, o NAC assessora MPEs industriais sobre as linhas de crédito disponíveis no mercado, dando suporte com informações sobre documentação, taxas de juros, garantias, número de parcelas, itens financiáveis, entre outras. Saiba mais pelo site do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) ou entre em contato com a federação das indústrias do seu estado.
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