Trabalhar em uma empresa familiar nem sempre pode ser tão fácil quanto se imagina, especialmente quando se percebe que o filho do dono, a esposa ou o irmão tem carta branca para fazer o que bem quiser na companhia. Nesta hora, difícil mesmo é não ceder à pressão e questionar o trabalho e a autoridade de cada um.
Contudo, essa não é a atitude mais recomendada, principalmente se a sua intenção for manter seu emprego na empresa. Por isso, tenha calma antes de sair arrumando conflitos por aí e seja inteligente.
“O gestor jamais deve levar a queixa dele para o lado pessoal ou fazer do problema uma fofoca. O ideal é que ele procure a pessoa [parente] com quem ele tenha uma divergência e tente resolver a questão de forma rápida”, diz o sócio-diretor e fundador da consultoria de gestão Muttare, Tatsumi Roberto Ebina.
Segundo ele, comentar o fato com terceiros apenas desfavorece o clima corporativo e não soluciona problema algum e, por tal razão, essa atitude deve ser evitada.
Explique o problema
Durante o bate-papo o líder deve informar, de forma clara e racional, o que está acontecendo que não condiz com as políticas da empresa. É a partir desta conversa que o gestor perceberá então a linha de conduta do colaborador envolvido no problema, bem como a da empresa.
“O gestor deve observar se a pessoa que tem um certo grau de parentesco se preocupa em solucionar o conflito ali mesmo ou se resolve a situação no almoço de domingo com a família”, diz o diretor-executivo da Page Personnel, Roberto Picino.
Se a resposta for a primeira, ótimo, página virada. Agora se for a segunda, cuidado! Certamente você estará trabalhando em uma empresa que favorece mais aqueles que são da família do que os demais profissionais que trabalham lá dentro. E como já diria, Ebina, “em uma briga de elefantes quem sofre é a grama, e neste caso, a grama é o gestor”.
Por isso, se percebido que o valor da empresa for ‘manda quem pode, obedece quem tem juízo’, tentar uma solução de nada adiantará e o líder ainda correrá o risco de perder seu emprego, já que a corda tende a romper sempre do lado mais fraco desta relação.
“Essa é a maior estupidez que acontece nas empresas familiares: a complacência de poder de mando com grau de parentesco”, diz Ebina, que garante que em uma situação como esta a melhor saída é ficar de cabeça baixa e conviver com a situação ou procurar outro emprego.
É preciso um mediador
Mas e quando a situação não se resolve na conversa e também não avança para a esfera familiar, o que fazer? Nesta caso, o gestor terá ainda uma outra opção: a de requisitar um mediador para o conflito.
“Se após a conversa os envolvidos não tiverem um entedimento sobre a questão, eles podem pedir que outro profissional, um gestor ou até mesmo o dono da empresa, avalia a situação”, recomenda o sócio-diretor e fundador da consultoria de gestão Muttare.
E nada de amenizar o fato! A conversa deve ser franca, direta e tratar exclusivamente de como a postura adotada pelo contratado pode impactar negativamente o desempenho do negócio.
“Se o pai tiver uma concordência com esse aspecto, ele certamente conversará com o filho para harmonizar o cenário”, conclui Ebina.
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