1. COMO É FEITA A IMPRESSÃO DIGITAL EM TECIDO?
A impressão digital em tecido pode ser realizada de 2 formas: Pelo processo de transfer aonde uma folha de papel é impressa com tinta e a imagem resultante é transferida através de uma calandra ou prensa num tecido. Este tem sido o processo mais usada para sinalização, brindes, confecção, uniformes e decoração. É conhecido como sublimação quando realizado em tecidos sintéticas ou termo transferência quando realizado sobre tecidos naturais. Pelo processo de impressão direta aonde uma bobina de tecido recebe um tratamento químico (coating) para poder receber a tinta da impressora digital. Após a impressão a imagem resultante é fixada por meio de processo calorífico ou químico. Este processo tem sido normalmente adotado pela industria têxtil para produção de amostras, lotes pilotos e pequenas tiragens de tecidos estampados.
2. O QUE É SUBLIMAÇÃO?
A sublimação ocorre quando uma matéria muda de um estado sólido para um estado gasoso sem passar por uma fase liquida. Algumas anilinas têm esta propriedade quando aquecidas a temperaturas acima de 160° Centígrados.
3. COMO FUNCIONA A SUBLIMAÇÃO?
Uma tinta de sublimação a base de água e com corantes especificos é impressa num papel especial chamado de papel transfer. A imagem impressa é então transferida usando calor e pressão sobre um tecido de poliéster. O calor sublima a tinta transformando-a num gás que migra nas fibras do tecido tingindo-o de forma permanente.
4. QUE TECIDOS ACEITAM O PROCESSO DE SUBLIMAÇÃO?
De forma geral todos os tecidos com um mínimo de 60% de conteúdo de fibras sintéticas (poliéster ou poliamida). Tecidos de algodão ou seda não aceitam a tinta de sublimação a menos que sejam previamente tratados com um verniz.
5. ALGUM OUTRO MATERIAL PODE SER IMPRESSO POR SUBLIMAÇÃO?
Muitos materiais como couro, madeira, alumínio e cerâmica entre outros podem ser revestidos com um primer ou um verniz a base de resina de poliéster (conhecido como verniz automotivo) para serem impressos. Estes materiais precisam resistir as altas temperaturas usadas no processo de sublimação (180 a 210° Centígrados).
6. COMO É FEITA A TRANSFERÊNCIA (SUBLIMAÇÃO) DA IMAGEM?
O papel impresso com a imagem espelhada é colocado em contato com a superfície a ser impressa e aplica-se calor e pressão durante alguns segundos para que a tinta sublime e migre no substrato. O papel é e então removido e descartado.
7. QUAIS SÃO AS VANTAGENS DO PROCESSO DE SUBLIMAÇÃO DIGITAL EM TECIDO?
Altíssima qualidade de impressão
Cores vivas e fortes, especialmente no vermelho e preto.
Excelente ancoragem da tinta no tecido, permitindo dobrar, lavar e passar repetidas vezes sem perder a intensidade de cor.
Mantém o toque e caimento do tecido.
Leve e fácil de transportar, montar e armazenar.
Alta resistência à temperatura (tecidos antichamas).
Permite impressão simultânea nos 2 lados (bandeiras).
Não necessita de fotolitos ou matrizes de impressão permitindo produzir de forma econômica tanto amostras como tiragens grandes.
Soluções diferenciadas a baixo custo.
Menor impacto ambiental por usar tintas a base de água, papel e tecido 100% recivláveis.
8. QUE TIPO DE IMPRESSORA É MAIS RECOMENDADO PARA IMPRESSÃO DE PAPEL TRANSFER?
Em teoria qualquer impressora micropiezo com resolução de 360 dpi ou mais e tamanho de ponto de 20 pl ou menos pode ser adaptada para impressão de tinta de sublimação. Para tiragens maiores recomenda-se a instalação de um secador e de um rebobinador. As larguras mais usadas são de 110 e 160 cm para acomodar as larguras de papel transfer e tecido mais comuns.
9. QUE TIPO DE EQUIPAMENTO É USADO NA TRANSFERÊNCIA DA IMAGEM?
Usam-se prensas térmicas no caso de peças menores (até 100 X150 cm), materiais rígidos (alumínio, azulejo, madeira, etc) ou pequenas tiragens. Na área têxtil, o formato mais usado é de 70X100 cm seguido por 50X70 cm para peças menores. Calandras térmicas de 180 cm de largura são usadas para transferir bobinas inteiras de papel impresso sobre rolos de tecido. Folhas impressas avulsas e tecidos já recortados no formato final podem ser usados também nas calandras aumentando a flexibilidade. É o modo de produção normal para a área de sinalização e para aplicações que requerem produtos em rolo (Fitas, elastios, cortinas, tecido com estampas continuas, etc.)
10. QUE TIPO DE TINTA É USADA NA IMPRESSÃO DIRETA SOBRE TECIDO?
As tintas para impressão direta sobre tecido são todas a base de água e podem ser divididas em 3 tipos distintos: • Tinta dispersa para tecidos de poliéster • Tinta reativa para algodão e viscose. • Tinta acida para seda, nylon e lã Elas usam corantes e químicos diferentes e normalmente exigem que o tecido seja tratado antes de ser impresso e necessitam de uma operação de cura após a impressão. Estas operações requerem um equipamento industrial especializado.
11. QUE TRATAMENTO É DADO NO TECIDO ANTES E DEPOIS DA IMPRESSÃO DIRETA?
Os tecidos são previamente revestidos com algum produto químico que permite a aderência da tinta e controla sua penetração na fibra. Após a impressão os tecidos são vaporizados em equipamentos próprios para fixar os corantes e freqüentemente lavados para retirar os produtos químicos remanescentes. Alguns tecidos são revestidos com uma resina plástica que permite a impressão com tinta solvente. Na maioria dos casos o tecido perde seu toque e não resiste mais à lavagem repetida. Neste caso eles não precisam ser tratados após a impressão.
12. QUE TIPO DE IMPRESSORA É MAIS RECOMENDADO PARA IMPRESSÃO DIRETA SOBRE O TECIDO?
Muitos tecidos são finos, instáveis e até elásticos. Para manter eles planos e estáveis na hora da impressão usam-se impressoras piezelétricas adaptadas com um sistema de tapete adesivo contínuo. Nestas máquinas, o tecido é automaticamente aberto e esticado para eliminar eventuais rugas, e aplicado sobre o tapete adesivo que o transporta de forma constante e segura até as cabeças impressoras. Uma vez impresso e seco o tecido é removido do tapete e rebobinado para ser acabado. O tapete por sua vez é automaticamente lavado para remover os fiapos do tecido que possam ter aderido no adesivo, seco e usado novamente para receber mais tecido. Todas estas operações são feitas automaticamente sem necessidade de interferência do operador.
13. OS CORANTES USADOS NA IMPRESSÃO MUDAM DE COR APÓS A FIXAÇÃO?
Tanto os corantes usados na impressão do papel transfer como na impressão direta mudam de aparência quando fixados. A temperatura e o tempo de fixação podem causar variações na tonalidade final atingida. O processo de impressão e fixação precisam ser controlados para reduzir as variáveis e recomenda-se o uso de um software RIP especifico para impressão em tecido para .manter o controle sobre a cor final.
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O processo de transfer por sublimação é de domínio público desde os anos 80. É preciso verificar se, para as cintas de poliéster, foi inventado algum processo diferente do que sempre foi adotado: impressão rotativa, papel folha a folha, impressão off set ou serigráfica.
O amigo esqueceu de acrescentar os processos com tinta U.V. e latex, este ultimo de grande apelo sustentável, não tem cheiro, imprime em qualquer tecido(alguns sem liner) e não necessita de exaustão no ambiente. Usando perfil correto, não deve nada a sublimação.vejam mais informações no site: www.hp.com.br/latex
Mas neste caso, a impressão digital estaria sendo feita no papel, e não no tecido. Conceitualmente, o processo de impressão seria a transferência/sublimação, e não um processo digital. Tenho entendido que a impressão é digital somente quando são utilizados equipamentos que imprimem diretamente nos tecidos.
A sublimação sobre poliamida fica com cores pasteis, pois é necessário reduzir a temperatura da prensa pois poliamida tem ponto de fusão baixo. Tecido misto com 60% de poliéster, dá a cor um efeito "sal e pimenta". A melhor aplicação é sobre poliéster 100%, principalmente se for micro-fibra.
Obrigada,
Muito bom, vou indicar a informação para meu alunos.
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