RIO - Todo carnaval o drama dos foliões se repete: é aquele corre corre na Saara, em meio ao calor, para decidir com que fantasia ir ao bloco. Para quem ainda tem dúvidas sobre o modelito e não quer ser mais um palhaço (ou um Tiririca, atual moda) no salão ou nas ruas, dois profissionais entendidos do riscado dão dicas de como bolar produções rápidas e baratas para cair na folia com elegância. Um metro e meio de tecido, com no máximo alguns pontinhos de costura, já é o suficiente para abrir alas nos blocos e nos bailes.
A pedido do GLOBO, professores do curso de graduação em Design de Moda do Senai/Cetiqt criaram três produções simples, em menos de dez minutos cada: uma inspirada no bloco brega Fogo e Paixão, que desfila hoje; outra para seguir o Cordão da Bola Preta, no sábado de carnaval; e uma terceira classificada de curinga, capaz de arrasar em qualquer desfile.
A primeira etapa é escolher o tecido e os adereços que irão ajudar a compor o visual. O GLOBO foi à Saara com a professora Bárbara Poci comprar todo o material.
— O tecido deve ser colorido, com uma estampa eclética e bom caimento. Pode ser um crepe, cetim, viscolycra, lycra ou malha — aconselha a professora, que dá aulas de modelagem.
Ela e Rogério Santinni, também professor de modelagem e responsável pelos figurinos do primeiro casal de mestre sala e porta bandeira da Beija-Flor, usaram três malhas diferentes para montar as produções. No ateliê de Santinni, em São Cristóvão, a dupla conseguiu criar um vestido, com estampa retrô e uma alça só, apenas com dois pontos de costura e dois nós — no ombro e na perna. O toque final no visual brega foi dado com uma cartola tricolor, comprada por R$ 8, e um boá roxo de R$ 6,99.
O modelito cafona, irreverente para qualquer bloco, custou cerca de R$ 30, mesmo valor gasto nas duas outras produções elaboradas no ateliê de Santinni.
Para ir ao Bola Preta, foi usado um tecido de poás com dois metros de comprimento. Os professores cortaram uma fita e usaram a tesoura para arredondar as barras. O pano foi torcido duas vezes no busto e amarrado na frente e nas costas. E estava pronto um vestido tomara que caia. Um colar de bolas brancas, de R$ 4,99, e a fita amarrando o rabo de cavalo completaram a fantasia.
Para quem não quer perder tempo pensando com que roupa vai ao samba, a dupla de professores ensina: um tecido alegre e um arco com plumas na cabeça já bastam para arrasar em qualquer bloco. Bárbara e Santinni transformaram um tecido de um metro e meio estampado e com brilhos em um vestido drapeado no corpo da estagiária do Senai/Cetiqt Carla Magno. O único item de costura usado foi a tesoura, para cortar uma tira que virou um cinto.
— É só dar um nó no alto do pescoço para que fique frente única. Na parte de trás, a gente transpassa os dois lados para fechar. Na frente, puxamos o tecido para ficar drapeado. Se quiser, a pessoa pode diminuir a saia — explica Santinni.
Um arco com plumas e flores vermelhas comprado por R$ 12,99 na Saara fechou o visual, alegre e confortável.
— São produções super simples. O ideal é a pessoa ir testando no corpo o modelo que ela quer. Depois é só incrementar com os acessórios, como boá, chapéu e óculos coloridos, pulseiras, cordões e purpurina própria para passar no corpo — recomenda Bárbara.
FONTE: http://extra.globo.com/noticias/carnaval/professores-de-design-de-m...
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