Segundo um levantamento feito pelo BTG Pactual, que compilou as visitas recebidas pelas sete maiores plataformas de e-commerce em operação no Brasil, a participação da Americanas no total de acessos caiu de 13,2% para 4,9% entre novembro de 2022 e novembro de 2023 — a crise da empresa estourou em janeiro do ano passado.
Mas engana-se quem pensa que essa lacuna foi ocupada pelos principais sites de e-commerce da China, como Aliexpress e Shopee, que apostam em preços menores para crescer no Brasil. Nesse período, as plataformas que mais conseguiram aumentar o fluxo até são estrangeiras, mas já são velhos conhecidos dos brasileiros: a Amazon e o Mercado Livre.
Enquanto a participação da Amazon no total compilado saltou de 17,6% para 23,2%, a fatia do Mercado Livre avançou de 24,4% para 28,9%.Já as chinesas ficaram praticamente estáveis: a Shopee teve uma ligeira alta de 8,7% para 9,2%, enquanto a Aliexpress teve uma leve queda de 9,3% para 8,4%.
Entre as varejistas nacionais, a fatia do Magazine Luiza cresceu de 20,7% para 21,4%. A Via, por sua vez, caiu de 6,1% para 4,1%.
A Amazon, que teve o maior o avanço em pontos percentuais, tem apostado principalmente em infraestrutura logística, para acelerar as entregas, uma das maiores demandas dos clientes. Desde 2019, a companhia aumentou de um para dez o número de centros de distribuição, e ampliou as estações de entrega de 14 em 2022 para 62 unidades no fim de 2023. “Realizamos entregas para 100% dos municípios brasileiros”, diz a empresa.
Em números absolutos, porém, o Mercado Livre continua sendo o líder de acessos, com um volume de 266,3 milhões de visitas em novembro. A companhia fundada na Argentina tem o Brasil como seu principal mercado. No terceiro trimestre, os brasileiros representaram 56% da receita líquida da companhia com e-commerce, que atingiu um total de US$ 2,12 bilhões.
Por Silvia Rosa
Fonte: Pipeline Valor
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