No Norte e Centro-Oeste, o índice é de 56%; no Sul, 53%; e no Sudeste, 39%.
Inovação é estratégica para a descarbonização
Aumentou também o número de indústrias que consideram a energia renovável e a inovação como estratégias para a descarbonização. Em 2024, 25% das empresas indicaram o uso de fontes renováveis como prioridade para reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE), um crescimento de 2 pontos percentuais em relação a 2023.
No quesito inovação, o avanço foi ainda mais expressivo: o percentual de empresas que priorizam a inovação tecnológica para descarbonização passou de 14% em 2023 para 20% em 2024.
Mais de 60% das empresas entrevistadas têm interesse em financiamento para adequação do maquinário para fins de descarbonização. Por outro lado, a 9 em cada 10 reclamam da falta de incentivo tributário para as ações de descarbonização industriais.

Brasil: uma posição privilegiada para energias renováveis
As características geográficas e climáticas colocam o Brasil em posição privilegiada na busca por um crescimento econômico sustentável. Mais de 90% da matriz elétrica brasileira têm origem em fontes renováveis, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
As três maiores fontes renováveis da matriz elétrica nacional são: hídrica, eólica e biomassa. Entre as fontes não renováveis, destacam-se gás natural, petróleo e carvão mineral. No mundo, ainda há grande dependência de energias provenientes de fontes não renováveis.
Em 2024, pela primeira vez em 84 anos, as fontes de energia limpa responderam por 40,9% da geração global de eletricidade, segundo a Ember, think tank dedicado à energia. Em 1940, o sistema elétrico mundial era 50 vezes menor e a geração renovável se concentrava, basicamente, em hidrelétricas. O Brasil teve papel relevante ao se tornar o quinto maior produtor de energia solar do mundo, ultrapassando a Alemanha, considerada uma referência no setor. O mesmo estudo mostrou que os países mais impactados pelo aumento das temperaturas, como China e Índia, intensificaram o uso de fontes fósseis, especialmente carvão.
Em relação à logística reversa, 70% das médias e grandes indústrias já desenvolvem ações. Empresas que fabricam produtos no Brasil têm responsabilidade compartilhada com governos e cidadãos para evitar o desperdício.
Para 83% dos entrevistados que investem em práticas e projetos em economia circular, as iniciativas contribuem diretamente para a redução de GEE.
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