COMENTARIO: Tudo bem, digamos, desde que não nos desindustrializemos e não continuemos a ter uma inovação autóctone tecnológica, vigorosa, e que tenhamos, enfim, uma política industrial de médio e longo prazo
Real deve permanecer valorizado por um longo período, diz Paul Krugman
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CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO
O real deve se manter valorizado em relação ao dólar por um "longo período", disse Paul Krugman, ganhador do prêmio Nobel de economia em 2008. A avaliação foi feita durante o Seminário Internacional sobre Pequenos Negócios, que começa hoje em São Paulo.
"O Brasil se tornou um país mais atrativo considerando o cenário internacional [de crise nos mercados desenvolvidos]. Investidores buscam lugares para aplicar seus recursos", afirmou Krugman. "E devem ser investimentos de longo prazo vindos do [hemisfério] norte para o [hemisfério] sul".
Krugman destacou ainda que as commodities são outra fonte de atração de recursos de longo prazo para o Brasil, uma vez que há grande demanda de outros países emergentes, como a China. E reforçou que o período desde 2000 tem sido bom para toda a América Latina, inclusive para o Brasil.
"A desigualdade social [no país] continua, mas não tão acentuada quanto já foi, em parte em razão de políticas públicas para redução da pobreza", afirmou. "A história aqui é feliz, mas há desafios."
EXTERIOR
Em relação à economia internacional, Krugman se mostrou mais otimista quanto aos EUA do que à Europa.
"A situação dos EUA não é desesperadora e está melhorando. Na Europa, há um problema adicional que se chama euro", disse, ressaltando que a a moeda única foi adotada sem a implementação de uma autoridade fiscal centralizada.
Na avaliação de Krugman, uma possibilidade para tentar reverter o quadro ruim das economias da Europa é que as autoridades europeias mudem sua políticas e gastem mais -- o que é improvável.
Outra possibilidade, disse o Nobel, é que países comecem a sair do euro, "o que assusta, pois seria uma grande mudança".
"Mas também se dizia que a Argentina não poderia abandonar a paridade do peso com o dólar porque seus bancos entrariam em crise. O que aconteceu foi que os bancos argentinos entraram em crise primeiro", ressaltou.
AGREGAR VALOR
Em relação à perspectiva de real valorizado por um prazo longo, apontada por Krugman, o presidente do Sebrae nacional, Luiz Barretto, disse que um desafio das emopresas locais é agregar valor à produção em busca de mais competitividade.
"Mas se há algo em que a gente pode se agarrar é ao crescimento do mercado interno, com ascensão da classe média", acrescentou
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