Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Recomposição de vegetação nativa pode gerar R$ 4,2 bilhões na produção agrícola de SP

Estudo mostra que a mata nativa próxima aos plantios aumenta a polinização das abelhas e melhora a produtividade das lavouras.


Área de floresta preservada ao lado de plantação de milho Área de floresta preservada ao lado de plantação de milho — Foto: Getty Images

Foi o que identificou um estudo inédito realizado pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) em parceria com a Universidade de São Paulo, que apontou que a recomposição de áreas florestais pode gerar um aumento de R$ 4,2 bilhões à produção agrícola do Estado de São Paulo.

De acordo com Rafael Chaves, vice-diretor do projeto pela Semil e coautor do estudo, a presença da mata nativa ao lado dos plantios aumenta a polinização gerada pelas abelhas e melhora a produtividade das lavouras. Ele explica que nestes cenários a polinização pode dobrar. “Hoje estamos com baixa polinização devido à vários fatores, como por exemplo a toxicidade de agroquímicos às abelhas”, diz.

Os resultados indicam um potencial de ganho de R$ 1,4 bilhão nas plantações de soja, de R$ 1 bilhão nos pomares de citros e de R$ 660 milhões nas lavouras de café. Culturas como goiaba, abacate e manga também apresentariam, juntas, ganhos de R$ 280 milhões.

A pesquisa inovou ao analisar de forma pormenorizada a relação entre áreas de mata nativa e lavouras, quantificando a influência da proximidade da vegetação na polinização. “Ao considerar a capacidade de deslocamento das abelhas e a maior concentração de polinizadores próxima às áreas de mata, o estudo calculou o valor econômico do serviço ecossistêmico prestado pela polinização” explica o pesquisador.

A pesquisa mostrou que 35% dos cultivos do estado de São Paulo possuem algum tipo de dependência de polinização para produzir. “As frutas em geral, como melancia, goiaba e abacate, dependem mais”, conta. No entanto, as lavouras de soja, café e citros, respondem pela maior parte dos ganhos apontados no estudo devido sua importância econômica.

O estudo aponta para a utilização de incentivos como créditos de carbono e de biodiversidade, além do cumprimento da legislação ambiental, como estratégias para impulsionar a recomposição da vegetação nativa e, consequentemente, aumentar a produção agrícola. A pesquisa recebeu investimento de R$ 4,3 milhões da Fapesp.

Por Luciana Franco, da Globo Rural

https://umsoplaneta.globo.com/financas/negocios/noticia/2024/12/17/...

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