Agência reguladora do Reino Unido está preocupada com a concentração de poder e riscos à concorrência no setor de IA.
O domínio das grandes empresas de tecnologia no mercado de inteligência artificial (IA) tem levantado preocupações entre os reguladores do Reino Unido. A Competition and Markets Authority (CMA), autoridade de concorrência do país, alertou para o crescente poder exercido por empresas como Google, Amazon, Microsoft, Meta e Apple, conhecidas como GAMMA, em diversos aspectos da cadeia de valor da IA, desde computação até plataformas de distribuição.
A CMA expressou preocupações sobre o desenvolvimento do setor de modelos fundamentais (FM) de IA, alertando que ele pode estar evoluindo de forma que possa gerar impactos negativos no mercado.
Esse tipo de IA, desenvolvido com vastas quantidades de dados e poder computacional, é crucial para uma variedade de aplicativos e essa concentração de poder levanta preocupações sobre os riscos à concorrência.
“Em particular, a presença crescente ao longo da cadeia de valor do FM de um pequeno número de empresas de tecnologia incumbentes, que já detêm posições de poder de mercado em muitos dos mercados digitais mais importantes de hoje, poderia moldar profundamente os mercados relacionados ao FM em detrimento da concorrência justa, aberta e eficaz, prejudicando, em última análise, empresas e consumidores, por exemplo, ao reduzir a escolha e a qualidade, e ao aumentar os preços”, alertou o órgão.
Após uma revisão inicial do mercado de IA, a CMA estabeleceu princípios para o desenvolvimento responsável de IA generativa. Embora não tenha pressa para regulamentar a IA avançada, segundo Will Hayter, diretor sênior da unidade de mercados digitais da CMA, o órgão regulador tem acompanhado de perto a relação entre a OpenAI e a Microsoft.
O relatório da agência mais recente destaca três principais riscos para uma concorrência justa e aberta: controle de “inputs críticos” por empresas dominantes; exploração de posições de mercado por gigantes da tecnologia, restringindo a concorrência na implantação dessas ferramentas; e parcerias que podem reforçar o poder de mercado existente.
Sarah Cardell, CEO da CMA, explicou que a autoridade está adotando uma postura vigilante em relação ao topo do mercado de IA. Embora ainda não tenha anunciado medidas concretas, a CMA está de olho nas parcerias entre as empresas GAMMA e está aumentando a utilização da revisão de fusões para avaliar se esses acordos obedecem às regras existentes.
Se algum deles for considerado anticompetitivo, a CMA poderá iniciar investigações formais e até mesmo bloquear essas conexões. No entanto, até o momento, a CMA não tomou medidas tão drásticas, apesar das preocupações crescentes sobre os laços estreitos entre GAMMA e GenAI.
A revisão das relações entre OpenAI e Microsoft ainda está em andamento para determinar se a parceria se enquadra nas regras de fusão relevantes.
A presença crescente da IA na vida cotidiana também está chamando a atenção. Um grande número de usuários já está utilizando ferramentas de IA generativa, como chatbots e assistentes virtuais, o que aumenta a relevância do debate sobre regulamentação e controle do setor. Por isso, Cardell enfatizou a importância de direcionar o desenvolvimento da IA por meio de princípios sólidos. A CMA está incentivando as gigantes da IA a adotarem sete princípios de desenvolvimento estabelecidos anteriormente, que incluem responsabilidade, acesso, diversidade, escolha, flexibilidade, tratamento justo e transparência.
Cardell reiterou o compromisso da CMA em aplicar esses princípios e utilizar todos os recursos legais disponíveis para garantir que a IA seja utilizada de forma responsável e em benefício dos consumidores.
*Com informações do TechCrunch
https://itforum.com.br/noticias/reino-unido-dominio-big-tech-ia/
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