Lindo texto de Heloisa Amaral de Souza.
"Muitas vezes abrir mão da eternidade, leva-nos, inevitavelmente, ao sofrimento.
Entrentanto é melhor sentir dor, amor, frustração, ternura, decepção, carinho e cumplicidade, do que passar uma eternidade inteira, sem tê-los.
Hoje decidi fazer algo novo. Decidi ouvir o som abafado do meu sussurro e entender que algumas coisas são inexplicáveis e permanecerão, para sempre, imutáveis.
Meu coração rendeu-se ao silêncio e pude perceber que há também, muitas outras coisas que podem ser lançadas no mar do esquecimento, e esta atitude, mudar, definitivamente a história da minha vida.
Olhei-me atentamente, pela primeira vez e vi-me como realmente sou. Olhei-me sem hipocrisia, sem máscaras, sem desculpas e desnudei-me de mim mesmo.
Meu coração guiou-me a um encontro com a minha humanidade!
Pude perceber que tornar-me humano significa reconhecer que não sou perfeito, que sou passível de errar, que não preciso ter todas as respostas.
Percebi que tenho deficiências, áreas de sombra, desejos ocultos, fraquezas que não podem ser confessadas.
Rasguei-me por dentro ao confrontar-me com minha humanidade.
Percebi que viver no contexto da eternidade siginifica considerar-me infalível, ser cheio de arrogância, achar-me acima do bem e do mal, ser intolerante, julgar as pessoas pelas suas falhas, não ser compassivo, chegar ao extremo na busca pela perfeição.
Que alto preço a se pagar!
Entretanto, não abro mão mais da minha humanidade.
Cometerei erros, terei decepções, sofrerei, mas também serei mais tolerante, menos arrogante, mais compreensivo, e saberei amar, de uma maneira plena, livre de pré-conceitos e preconceitos.
Essa será minha eterna busca: Morrer para mim mesmo e renascer, mais humano, a cada novo dia!"
Dedico este texto a todos os meus amigos.
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