
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia como positiva a decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de retomar os investimentos em renda variável por meio da BNDESPAR, sua subsidiária de participações.
De acordo com a BNDESPAR, serão R$ 10 bilhões voltados a projetos de economia verde e inovação. Desse montante, até R$ 5 bilhões estarão disponíveis para investimentos diretos e as empresas poderão solicitar recursos até dezembro deste ano. Os demais R$ 5 bilhões estarão disponíveis via fundo de investimentos.
Para o diretor de Desenvolvimento Industrial, Tecnologia e Inovação, Jefferson Gomes, a nova estratégia da BNDESPAR fortalece a indústria e as políticas de enfrentamento a grandes desafios nacionais.
“A iniciativa alinha o Brasil a uma tendência crescente entre as principais economias globais, nas quais o investimento público direto é usado como instrumento para enfrentar grandes desafios socioeconômicos, como a transição energética e a transformação digital”, destaca.
A medida também tem potencial para revitalizar o capital de risco no país, especialmente em um momento de retração de recursos e liquidação de fundos de Corporate Venture Capital (CVC), que é o investimento realizado por grandes empresas em startups, com o objetivo de obter tanto retorno financeiro quanto benefícios estratégicos para o negócio principal.
“E o apoio a negócios inovadores e startups é fundamental para o avanço tecnológico e para a consolidação de uma economia de baixo carbono”, afirma o diretor da CNI.
A CNI ainda destaca que, em um ambiente econômico marcado por aumento da taxa básica de juros — que alcançou 15% ao ano, o maior patamar em duas décadas —, cenário de elevação do IOF e intensificação da concorrência externa, o acesso ao capital torna-se um fator crucial para o desenvolvimento de novos projetos empresariais. Investimentos públicos em participações têm papel estratégico ao atrair capital privado para empreendimentos com alto grau de incerteza, como é o caso da inovação.
Segundo dados do IBGE, o desempenho da indústria no primeiro trimestre de 2025 registrou retração de 0,1% no PIB, contrastando com os crescimentos observados na agropecuária (12,2%) e nos serviços (0,3%).
Nesse contexto, a CNI reforça que políticas públicas voltadas à capitalização e ao estímulo à inovação são essenciais para reverter o quadro e promover o crescimento sustentável da indústria.
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