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Rili.ai: a rede social que aposta em gêmeos digitais

Cofundadores da plataforma conversam com o IT Forum sobre o que esperam.

Antonio Camacho e Jorge Cuervo, cofundadores da Rili.ai

Desde a criação das primeiras redes sociais, a sociedade já passou por plataformas focadas em vídeos, textos, músicas e outras mil diferentes funcionalidades. Entretanto, Antonio Camacho e Jorge Cuervo, cofundadores da Rili.ai, acreditam que um novo passo está pronto para ser dado: a dos gêmeos digitais.

A plataforma, lançada há dois dias em alguns países (incluindo o Brasil), utiliza clonagem de voz e sincronização labial para que qualquer usuário crie seu próprio gêmeo digital (ou ‘Rili’) e interaja com qualquer pessoa, a qualquer hora e em qualquer lugar.

Em entrevista ao IT Forum, Camacho explica que a ideia do aplicativo surgiu após ele e Cuervo criarem a Hocelot, empresa que cria modelos preditivos para ajudar na tomada de decisões e vendê-la há um ano e meio. Eles tinham o desejo de criar algo para o cliente final e, após algumas pesquisas, entenderem que por mais que a sociedade esteja conectada, a maior parte dela sente solidão – especialmente a geração Z.

“A partir disso, testamos se as pessoas estavam dispostas a ter e falar com um avatar. Fizemos testes em vários países e vimos que a resposta em lugares como os Estados Unidos e a Indonésia foi acima do esperado. Nos demos conta que, com um prompt, você poderia se conectar de forma real com as pessoas”, comenta Camacho.

Entretanto, a empresa não seria capaz de criar um avatar para cada um deles se sentir menos só e, então, veio a ideia de criar a rede social focada nos gêmeos digitais. “Fizemos uma solução fácil, em que qualquer pessoa pode ser engenheiro de prompt e fazer sua própria réplica digital, com seu rosto e voz”, complementa.

A ideia da Rili parece positiva, mas não deixo de provocar sobre os problemas de segurança implicados na criação. Cuervo, entretanto, afirma que a empresa está olhando para três frentes: a propriedade intelectual de cada gêmeo digital e de cada usuário; a proteção de dados; e a segurança da plataforma.

Cuervo também dá detalhes das tecnologias embarcadas no Rili.ai. “Nós quisemos criar uma rede social onde nossos usuários se comunicam de forma mais autêntica. E a forma de habilitar isso é pela Inteligência Artificial. Mas, mais do que isso, temos um LLM para entender o tom que o usuário fala, quais as palavras que ele usa, a maneira que fala”.

Segundo ele, também foram usados parceiros para especialidades que precisavam de desenvolvimento. Antes, não havia uma tecnologia de clone de voz em tempo real, agora a Rili.ai já está perto da “perfeição”. Também não havia como fazer o lip sync conversacional em tempo real, agora está com atraso de dois ou três segundos, ou seja, perto de uma videoconferência comum.

Funcionalidades do Rili.ai

O aplicativo oferece recursos criados para aprimorar as interações digitais dos

usuários. O recurso explore, por exemplo, permite que os usuários pesquisem facilmente seus perfis favoritos do Rili e descubram outros que compartilham interesses e preferências semelhantes.

Já a funcionalidade de bate-papo permite que os usuários iniciem conversas com outros ‘Rilis’ e revejam seus bate-papos anteriores. Outros recursos incluem a criação de listas de ‘Rilis’ favoritos, pontuação de conversas, curtidas em conversas ou frases e compartilhamento de mensagens com qualquer pessoa por meio de diferentes canais.

Mercado brasileiro

A solução do Rili.ai é global e pessoas de 75 países podem acessar o aplicativo. Entretanto, os cofundadores estão focados em seis regiões: Brasil, México, Estados Unidos, Índia, Filipinas e Indonésia. Segundo Camacho, a escolha do Brasi não foi por acaso: é um mercado com adoção de tecnologia muito alta e uma população continental.

“No dia 28 anunciamos quem somos e o que fazemos. A estratégia que queremos seguir é essa disponibilidade da versão alfa em um primeiro momento. Não queremos liberar de uma vez para não ter o risco de não ser uma experiência excelente. A ideia é sermos capazes de nos multiplicarmos nos primeiros meses e chegar a 100 milhões de usuários”, diz Camacho.

Os usos, os cofundadores concordam, têm diversas possibilidades. Na Índia, estão interessados em um potencial para conseguir negócios, como um ativo digital para trabalhar. Já o México está centrado na parte de legado digital, para que depois da morte as pessoas tenham um legado para seres queridos e que todo o conhecimento da vida não se perca. Por outro lado, nas Filipinas os usuários querem quebrar a barreira da vergonha para falar com outros.

por Laura Martins

https://itforum.com.br/noticias/rili-ai-a-rede-social-que-aposta-em...

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