Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Rio lidera contratações da indústria entre principais regiões

RIO — A indústria fluminense mostrou fôlego nas contratações em março. Sozinha, respondeu por dois terços ou 66% das vagas abertas na atividade das seis principais regiões metropolitanas do país. Com um avanço de 11,7% em relação a fevereiro, trouxe para a economia mais 71 mil postos de trabalho, segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE. Em São Paulo, que corresponde à metade do mercado de trabalho industrial brasileiro, o avanço foi de apenas 0,2% no período, com abertura de 4 mil vagas.


O setor naval foi um grande polo a atrair mão de obra dos segmentos de material de transporte e de comida preparada, segundo a Federação da Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), com base em dados do Caged.

— Desde o último trimestre de 2011, vemos uma grande procura pela construção de plataformas e embarcações — afirma o gerente de Assuntos Econômicos da Firjan, Guilherme Mercês.

— O crescimento da indústria naval, junto a grandes obras que estão em andamento no Estado, monta uma cadeia que vem mostrando um vigor interessante desde 2010 — acrescenta.

No primeiro trimestre, a indústria de transformação fluminense foi responsável por um saldo (contratações menos demissões) de 3.323 vagas, o melhor em dois anos. O saldo, que leva em conta o emprego formal, que perde apenas para o ano de 2010, com expansão forte da economia (5.925 vagas).

Além da indústria naval, grandes obras como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a ampliação do metrô, construção do Porto do Açu, Bus Rapid Transit (BRT) estão por trás do aumento das contratações.

O gerente geral do estaleiro da OSX, Danilo Baptista, afirma que na atual fase de obras do estaleiro no Porto do Açu (norte fluminense) está requerendo sobretudo, aumento de serviços ligados à construção civil.

— Estamos atualmente com 1.100 pessoas no canteiro de obras e vamos chegar a 7.000 em 2013, entre empregos diretos e indiretos — afirma. — Ainda não estamos demandando aço, britas, soldas, essa é uma demanda que deve ocorrer só no fim do ano. Na plena capacidade, serão 10 mil pessoas trabalhando.

O estaleiro que tem previsão de entrar em operação no fim de 2014 ou início de 2015 é um investimento de cerca de R$ 3 bilhões e vai funcionar dentro do complexo do Açu, do empresário Eike Batista.

— Nos primeiros dois anos, temos um perfil de mão de obra mais de construção civil. Depois vamos precisar de mão de obra mais qualificada — afirma.

No ramo de comida preparada, a Spice Gourmet abastece obras e estaleiros no Rio e confirma o crescimento da indústria voltada para grande empreendimentos. Dos cerca de 900 funcionários em todo o país, 140 foram incorporados este ano só no Rio. A empresa estima dobrar o faturamento em 2012 para R$ 120 milhões. Para 2013, deve passar de R$ 220 milhões.

— As contratações começaram com essa necessidade, no Brasil, de obras de infraestrutura e pela demanda do investimento privado. Há locais em que em um mês e meio saímos de 10 pessoas atendidas para duas mil refeições — afirma o presidente — executivo da empresa, Sergio Lopes.

— Só no Comperj, estamos inaugurando três cozinhas e cuidando da administração delas — acrescenta Lopes. Desde o fim do ano passado, já são oito outras unidades já instaladas.

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