Fonte:|blogmercante.com|
Nos últimos anos tem havido uma mudança entre os agentes da lei para utilizar roupas de fibras sintéticas por sua capacidade de absorção de umidade.
No entanto, o que muitos não sabem são os perigos inerentes a usar tais roupas em situações de elevado calor. Estudos têm demonstrado que existe um risco considerável de queimadura associado a utilização de roupas feitas de materiais sintéticos como o poliéster e o nylon. Devido a isso, em 2006 a Marinha dos EUA proibiu o uso de roupas esportivas sintéticas para fuzileiros realizando operações fora das bases de operação e campos por esse exato motivo.
Quando expostos ao calor extremo e às chamas, roupas contendo materiais sintéticos como nylon, poliéster ou acrílico derretem e se fundem com a pele, criando terríveis queimaduras desfigurantes, bem como aumentando o risco de infecção. Em um exemplo citado em um site de um departamento de defesa, um fuzileiro estava andando em um veículo blindado quando foi atingido por uma bomba caseira ( IED – improvised explosive device). A explosão fez com que a camisa de poliéster do soldado derretesse e se fundisse na sua pele, apesar de estar vestindo o colete de proteção. Os médicos tiveram que cortar a roupa de baixo derretida de seu torso e observaram que os ferimentos não teriam sido tão graves caso ele não estivesse vestindo uma camisa de poliéster.
Os perigos não são novidade para a indústria. Durante anos, os bombeiros e membros de serviços com alto risco de exposição a chamas têm sido impedidos de vestir roupas de poliéster por causa da ameaça de queimadura, mas agora com os perigos de explosões IED aumentando e os riscos adicionais, os outros estão respeitando o aviso também. Na verdade, o “US Fire Administrations Standard, NFPA 1975″ exige que todas as roupas usadas pelos bombeiros sejam feitas de materiais termicamente estáveis, aqueles que não contribuem para ferimentos por queimadura por deterioração, fusão, redução ou aderência à pele. Alguns exemplos de materiais não-conforme identificados incluem poliéster, mistura de elevada porcentagem de poliéster e lã.
Um fabricante proeminente de camisetas de fibra sintética faz a seguinte advertência em todos os seus produtos: “Não use quando exposto ao calor radiante extremo ou chamas. Os produtos não são resistentes ao fogo e podem derreter no calor extremo acima de 176º (350 ° F).” Isso pode parecer um calor extremo, mas o calor médio de uma vela acesa é de cerca de 1000 ° C, seis vezes maior do que a advertência do produto. Uma brasa de cigarro é 2-3 vezes mais quente do que o limite dos materiais. De fato, o calor produzido por um choque de corrente elétrica pode ser suficiente para colocar alguém em risco. Uma camiseta de alto desempenho de um fuzileiro começou a fumaçar quando ele levou um choque de corrente elétrica.
Os Oficiais da polícia não são bombeiros nem sofrem grandes riscos de ataques de IED, mas todos os dias um oficial relata que eles também poderiam enfrentar uma situação potencial que os colocaria em perigo. Como foi mostrado, não demora muito para atingir a temperatura máxima aceitável para roupas de material sintético. Os Oficiais precisam entender que eles poderiam ser colocados nessas situações de “calor elevado” enquanto tentam resgatar pessoas de casas ou veículos queimados, ou que eles mesmos correm risco em caso de um acidente automobilístico. Uma pessoa não precisa estar no fogo ou em um incêndio para estar em risco. Há vários desenvolvimentos sendo realizados hoje na indústria de uniformes para incluir roupas com absorção de umidade que sejam 100% de algodão. Tecidos de algodão, ao contrário das fibras sintéticas, não colocam funcionários em situação de risco aumentado de lesão e pode permitir mais tempo para escapar.
Fonte: IACP
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